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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | ESQUADRÃO SUICIDA



A DC comics e a Warner deviam estar receosos ao produzir a ousada adaptação de Esquadrão Suicida, onde os vilões mais famosos de Gothan City se tornam os heróis. Talvez pelo, não totalmente, fracasso de Batman vs Superman, superestimado filme que proporcionou o encontro dos dois maiores heróis, além da introdução da Mulher Maravilha ao universo. A tentativa de inovar com uma trama contada sobre a perspectiva dos vilões, não deu muito certo, deixando um ar de que poderia ter sido mais elaborado. No elenco estão Will Smith, Margot Robbie, Jay Hernandes, Jared Leto, Cara Delenvigne, Jai Couttney, Viola Davis, Joel Kinnaman e Karen Fukuhara.


Como parte de um plano da agente Amanda Waller (Viola Davis), um grupo de assassinos e psicóticos, Pistoleiro (Will Smith), Arlequina (Margot Robbie), Bumerangue (Jai Courtney), Diablo (Jay Hernandez) e Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje), são liberados da prisão para enfrentar uma bruxa do século passado que ameaça dominar a Terra.


A impressão que passa esse Esquadrão Suicida, é que falta personalidade. Logo no início, temos a introdução dos anti-heróis, onde tudo acontece muito rápido, e falha por não criar nenhuma empatia com o público, a não ser, o drama do Pistoleiro, e sua filha. Temos também, a apresentação da vilã Magia, uma bruxa estilosa que possui o corpo de uma arqueologista apaixonada pelo agente do governo, Rick Flag. A seguir, temos um roteiro bastante simples, sem muito desenvolvimento, e sem reviravoltas, regados a humor, onde algumas piadas até funcionam, e tudo fica fácil de se resolver. A trilha sonora é boa, mas as músicas são aleatórias e sem motivo especifico para estarem nas cenas, e os efeitos especiais parecem artificiais demais.



A construção dos personagens também é mal desenvolvida, e tudo fica muito irregular, onde alguns personagens ganham mais destaque que outros. Margot Robbie e sua Arlequina é a mais divertida, e a atriz se demonstra competente na personagem psicótica. Já Will Smith é o Pistoleiro, personagem que mais tem sua história desenvolvida, e o drama com a sua filha, não comove tanto. Smith está ótimo no vilão, mas não chega a ser tão engraçado quanto tenta ser. Outro que tem um arco dramático é Jay Hernandes, e seu Diablo, que envolve sua esposa e filho, e a veterana e oscarizada Viola Davis é a agente Amanda Waller, personagem forte e até mais perigosa que os próprios vilões.


Os outros personagens não ganham destaque expressivo, e nem o “amor” entre o agente Rick Flag (Joel Kinnaman) e a arqueóloga June (Cara Delevigne), que a bruxa Magia se apossa, convence. Aliás, a vilã Magia é pouco ameaçadora, caricata e nada grandiosa, parecendo uma vilã de Power Rangers. E chegamos ao personagem mais importante e grandioso da DC: o Coringa. Jared Leto faz um péssimo personagem, não é nada ameaçador, não convence, e parece muito jovem para ser um chefe do crime. Talvez, a culpa não seja necessariamente dele, e sim por causa o enredo, que acaba se tornando irrelevante e poderia facilmente excluir o personagem.


Esquadrão Suicida tem um desenvolvimento fraco, sem imaginação e sem ousadia, que leva para uma batalha final sem emoção, nenhuma reviravolta ou algum acontecimento que deixe o espectador impressionado. A história e os personagens prometiam mais, mas não funciona. Sabe quando o trailer é melhor que o filme?






ESQUADRÃO SUICIDA (SUICIDE SQUAD)


Ano: 2016

Direção: David Ayer

Elenco: Will Smith, Margot Robbie, Jay Hernandes, Jared Leto, Cara Delenvigne, Jai Couttney, Viola Davis, Joel Kinnaman e Karen Fukuhara



NOTA: 5,0













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