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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | ESCAPE ROOM 2: TENSÃO MÁXIMA



Lançado em 2019, Escape Room superou todas as expectativas e se tornou enorme sucesso, tanto de público quanto de crítica. Inspirado em um jogo de puzzle, a produção se assemelhava com a franquia Jogos Mortais, mas sem o elemento "gore" desses, indo mais na direção de uma outra franquia que surgiu bem antes, Cubo. Na história, os personagens foram escolhidos para participarem de um jogo onde tinham que passar por salas cheias de armadilhas, e tentar descobrir como escapar delas. Imaginando que o filme daria sucesso, o final ficou aberto para uma sequência, que finalmente estreou nos cinemas, intitulado de Escape Room 2: Tensão Máxima. Dirigido por Adam Robitel, que também dirigiu o primeiro, a produção traz o retorno de Taylor Russel e Logan Miller, e os novos rostos são Holland Roden, Indya Moore, Deborah Ann Woll e Isabelle Fuhrman.


Na trama, Zoey (Taylor Russel) e Ben (Logan Miller), sobreviventes do primeiro filme, decidem ir até Nova York para encontrar os responsáveis, e expor tudo o que fazem. Mas eles acabam entrando novamente nos jogos, porém, junto com outros sobreviventes que também já participaram.


O primeiro Escape Room tinha um bom desenvolvimento, soube trabalhar no suspense e na tensão, era envolvente, e tinha como trunfo as salas enigmáticas. O final ficou em aberto, e indicava que algo maior estava por vir, e é por esse caminho que Tensão Máxima segue. O roteiro tenta explicar quem são os realizadores dos jogos, e é aí que o filme perde pontos. Primeiro, os motivos para que a dupla vá atrás dos responsáveis, são duvidosos, mas Escape Room não dá opção, e isso tem explicação. Tranquilo. E segundo, mostrar quem são os realizadores das salas dos jogos, deixou tudo mais estranho, explicaram muita coisa, soando bobo as vezes, e isso inclui uma revelação à lá Jogos Mortais. Nesse quesito, de mostrar os responsáveis, a inspiração em Cubo 2 – Hipercubo, é visível.



O ponto forte de Escape Room 2, são as armadilhas, maiores e mais complexas do que as do primeiro filme. Há momentos realmente intensos, como a sala do trem, e a do banco, e tudo é muito criativo, grandioso, e com mais efeitos especiais, mas esses cenários abertos fazem com que a tensão diminua bastante, indo em contrapartida com os cenários menores do primeiro filme, que passavam uma sensação de claustrofobia. As salas são mais complexas, o espectador tenta resolver os segredos junto com os personagens, há situações sufocantes e que deixa a gente nervoso, mas tudo em um nível bem menor. Talvez seja porque já estamos familiarizados com a dinâmica do filme, e não é mais novidade.


No primeiro filme, os personagens eram mais carismáticos e desenvolvidos, fazendo com que o público pegasse a causa deles, e sentisse a dor e o drama de cada um. Agora, parece que o roteiro simplesmente os joga na trama, sem um bom aprofundamento, resultando em personagens superficiais, onde pouco nos importamos com o destino deles. E não estou falando da dupla de protagonistas, Zoey e Ben, que o público já criou um vinculo com eles no filme anterior, e sim dos novos personagens, que servem basicamente para ajudar a resolver o mistério, e mais uma coisa também. Dos rostos novos, o mais conhecido é de Isabelle Fuhrnam, a Esther de A órfã, que tem um papel muito importante na trama. E para quem assistiu ao programa "The X-Factor USA", de 2013, Carlito Olivero, um dos concorrentes, também está no elenco.


O resultado final de Escape Room 2 – Tensão Máxima é mediano, principalmente porque explicaram demais, fazendo com que todo o mistério perca a graça A trama não é envolvente, não traz quase nenhuma novidade, e os personagens são dispensáveis e sem desenvolvimento. Mas as salas com as armadilhas são mais elaboradas e criativas, e esse é o ponto forte do filme, e já vale gastar o tempo para assistir. E novamente, o final fica em aberto para uma continuação, com uma reviravolta interessante, mas desnecessária e não justificável para um terceiro filme. Mas já que teremos mais um, que seja melhor e bem mais desenvolvido; há bastante coisa para explorar nesse universo.





ESCAPE ROOM 2: TENSÃO MÁXIMA (ESCAPE ROOM 2: TOURNAMENT OF THE CHAMPIONS)


Ano: 2021

Direção: Adam Robitel

Elenco: Taylor Russel e Logan Miller, Holland Roden, Indya Moore, Deborah Ann Woll e Isabelle Fuhrman



NOTA: 7,0
















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