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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | E SE FOSSE VERDADE



Não há muita criatividade nas comédias românticas, não somente por culpa dos roteiristas e diretores, mas também pelo próprio gênero: ou o casal apaixonado fica junto, ou não; ou as vezes, um deles morre. O que muda de um filme para o outro, é como a história é contada. Eis então que temos E Se Fosse Verdade, estrelado por Reese Witherspoon e Mark Ruffalo, onde seus personagens se apaixonam, e toda aquela dinâmica típica do gênero, mas com uma diferença: um deles está morto. Tramas de romance com temas espirituais existe de monte, e o mais famoso é o clássico Ghost – Do Outro Lado da Vida, com Demi Moore, Patrick Swayze, e Whoopi Goldberg. A produção, que está no catálogo da HBO MAX, e da AMAZON, é baseada na obra “If Only It Was True”, de Marc Levy, e traz uma história bem bonitinha sobre amor além da vida, que ainda estão no elenco Donal Logue, Dina Spybey e John Heder.


David (Mark Ruffalo) se muda para um apartamento mobiliado em São Francisco, e acaba conhecendo a dra. Elizabeth (Reese Witherspoon), porém, ela é um espirito. Liz sofreu um acidente e, aparentemente, morreu, mas somente David consegue vê-la e conversar, e eles precisam descobrir do porquê disso.


Just Like Heaven, no original, tem todos os clichês possíveis de comédias românticas, mas se diferencia pela forma como a trama é desenvolvida, indo para o lado espiritual, com revelações que podem parecer bobas, mas que fazem muito sentido. Escrito pela dupla Peter Tolan e Leslie Dixon, E Se Fosse Verdade é um filme bem gostoso de se assistir, com bastante humor, e uma história de amor inusitada, onde tudo se encaixa perfeitamente. Não há cenas forçadas, ou exageradas (talvez o desfecho no hospital seja um pouco), e o roteiro traz uma sensibilidade incrível, e é fácil de o público se identificar. O que pode atrapalhar quem não tem paciência, são os clichês, onde tudo parece acontecer de forma certinha, quase que previsível, mas é eficiente em manter os mistérios, prendendo a atenção do espectador; um deles é revelado na metade da fita.



A boa química dos protagonistas é essencial para que E Se Fosse Verdade funcione, já que são o casal principal, e da para perceber a boa sintonia de Mark Ruffalo e Reese Witherspoon. Antes de se tornar o Hulk na Marvel, o ator sempre fez ótimos filmes, se saindo bem em papéis diversos, e aqui, acontece o mesmo. David tem uma forte carga dramática, já que está passando por uma perda, decidindo recomeçar a sua vida em outra cidade, e Ruffalo faz um personagem sensível e adorável. Já a atriz de Legalmente Loira, não se destaca tanto quanto o esperado, mas está divertida no papel da moça fantasma, e o seu carisma é o ponto forte. Um destaque dos coadjuvantes, é o médium Darryl (John Heder), completamente engraçado, que ajuda David a tentar entender a sua situação.


Dirigido por Mark Waters (de Sexta-Feira Muito Louca e Meninas Malvadas), E Se Fosse Verdade é uma comédia romântica bem simpática, leve, divertida, e emocionante, trazendo todos os clichês possíveis do gênero, mas que acaba passando despercebido se você não for tão exigente. O carisma de Reese Witherspoon e de Mark Ruffalo, contribuem para que o filme de Waters de certo, e junto com uma trama cheia de revelações, Just Like Heaven é um filme ideal para quem procura uma boa sessão, e se emocionar com uma história bem "água com açúcar", e muito fofinha.




E SE FOSSE VERDADE (JUST LIKE HEAVEN)


Ano: 2005

Direção: Mark Waters

Elenco: Reese Witherspoon, Mark Ruffalo, Donal Logue, Dina Spybey e John Heder.



NOTA: 9,0



Disponível na HBO MAX e AMAZON PRIME VIDEO









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