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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | DESTRUIÇÃO FINAL: O ÚLTIMO REFÚGIO



Se tem um gênero que todo mundo gosta, e que lotam as salas do cinema, é o chamado “filmes catástrofe”. Esse é um subgênero bem diversificado, que vão desde desastres naturais (O Dia Depois de Amanhã, 2012, e o esquecível Tempestade – Planeta Em Fúria), e até destruição por cometa ou asteroide. Esse último, que é o caso aqui, rendeu vários filmes, onde os mais lembrados são Armageddon e Impacto Profundo, ambos de 1997. Agora, chega a vez de um outro exemplar do gênero, Destruição Final – O Último Refúgio, estrelado por Gerard Buttler e Morena Baccarin. Apesar de abordar o mesmo assunto, o filme de Ric Roman Waugh segue uma outra linha narrativa, mais voltada pela luta pela sobrevivência do que o desastre em si.


O cometa Clarke se espedaçou, e vários fragmentos dele estão caindo na Terra, causando destruição em várias cidades. O problema é que há um outro pedaço maior que causará a destruição da Terra. John Garrity (Gerard Buttler), sua esposa Alisson (Morena Bacarin) e seu filho Nathan (Roger Dayle Floyd) são sorteados para irem ao abrigo construído para se salvarem da destruição, mas no caminho, enfrentarão vários perigos.


Greenland, no original, pode não ser aquele filme sobre fim do mundo que muitos estavam esperando, mas é muito eficiente na sua proposta. O roteiro foge da linha dos citados Impacto Profundo e Armageddon, e foca mais no drama e na luta pela sobrevivência do que a destruição em si. Sim, o filme tem todos os elementos do gênero, destruição em massa, pedaços de rochas caindo, mas isso fica como plano de fundo. Tudo o que sabemos é sobre a perspectiva dos personagens, em TVs e rádios, isso inclui a maioria das cenas de destruição, o que pode desagradar muita gente.



Escrito por Chris Sparling, o roteiro envolve o espectador a todo instante, repleto de tensão e cenas de ação, entregando um ótimo filme dentro do que propõe. A produção aborda também um tema, meio que batido, mas é o esperado que poderia acontecer: a reação das pessoas em situações de perigo. Tensão, caos e individualismo, uma histeria em massa que deixará muita gente aflito com as diversas situações que os personagens passam.


Outro ponto positivo é o desenvolvimento dos personagens, o que ajuda nos momentos mais sensíveis, e isso é muito importante em um filme assim, para a nossa identificação com os personagens. O drama da família de John Garrity é muito bem construído, e tudo o que eles passam é angustiante, até os últimos momentos. Gerard Buttler, Morena Bacarin e o garotinho Roger Dayle Floyd estão ótimos e conseguem transmitir toda a emoção dos seus personagens, necessária para um filme do gênero. Há também uma emocionante participação do veterano Scott Glenn.


A proposta de Destruição Final – O Último Refúgio é diferente, mas muito eficiente, onde o diretor Ric Roman Waugh, nos entrega um filme com uma trama muito envolvente, cheia de situações tensas e angustiantes enfrentadas pelos personagens, deixando a destruição em massa da Terra, em segundo plano. As sequências de ação são bem executadas, e conta com ótimos efeitos especiais nas cenas de destruição, apesar de ter sentido falta de alguma coisa. No fim, não é um filme que inova o gênero, mas diverte, é simples e honesto no que propõe, e se desenvolve muito bem. Só não dou nota máxima por causa de uma coisa importante que faltou. No mais, é uma das grandes surpresas desse conturbado ano.





DESTRUIÇÃO FINAL: O ÚLTIMO REFÚGIO (GREENLAND)


Ano: 2020

Direção: Ric Roman Waugh

Elenco: Gerard Buttler, Morena Baccarin, Roger Dayle Floyd e Scott Glenn



NOTA: 9,0




Disponível na AMAZON PRIME VIDEO












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