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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | COPYCAT - A VIDA IMITA A MORTE



Os anos 90 foi uma década que surgiram vários filmes sobre assassinos em série, muito antes das séries criminais, os chamados “True Crimes”. O Silencio dos Inocentes, Seven – Os Sete Crimes Capitais, Beijos Que Matam, O Colecionador de Ossos, entre outros, são ótimos exemplos de produções do gênero que ficaram populares nessa época. É interessante acompanhar como funciona uma investigação policial, as cenas do crime, e além de que esses filmes também oferecem um estudo sobre os crimes e os assassinos. No mesmo ano que Seven estava fazendo o maior sucesso nos cinemas, uma produção do gênero se estabelecia, Copycat – A Vida Imita A Morte, estrelado por Sigourney Weaver e Holly Hunter, sobre um serial killer que comete seus crimes imitando assassinatos de outros assassinos em série famosos, como Ted Bundy, Albert DeSalvo, Charles Manson, e até Jeffrey Dhamer – o da polêmica série Dhamer -, entre outros, na cidade de São Francisco. E para resolver esses crimes, a detetive Monahan (Holly Hunter), junto com seu parceiro Reuben (Dermot Mulroney), buscam ajuda da psicóloga criminal Helen Hudson (Sigourney Weaver). Harry Connick Jr., William McNamara e Will Patton completam o elenco.


A trama de Copycat acompanha a investigação do trio de protagonistas – Monahan, Reuben e Helen – em tentar descobrir a identidade do assassino, enquanto o próprio procura suas vítimas e comete os crimes, sempre copiando outros assassinos em série famosos. O roteiro praticamente nos ensina sobre a funcionalidade dos “serial killers”, grande parte por causa da personagem de Sigourney Weaver que é uma especialista no assunto, além de conhecermos a rotina de uma investigação policial – nada de tão novo do que já vimos em outras produções do gênero -, mas em Copycat são abordadas de outra forma. Outro ponto interessante é que o diretor Jon Amiel mostra sob o ponto de vista o assassino em várias situações, como quando ele descobre suas vítimas, ou quando ele observa a personagem Helen. Também, não tem a intenção de manter o mistério sobre a identidade do serial killer, tanto é que já descobrimos antes da metade do tempo.



Em Copycat, a dinâmica dos personagens funciona entre Monahan e Helen, mas já tivemos interações das mais variadas, como Clarice Starling e Hannibal Lecter, em Silencio dos Inocentes, e Morgam Freeman e Brad Pitt, de Seven, por exemplo. As personagens de Sigourney Weaver e Holly Hunter tem uma boa sintonia em tela, apesar de serem diferentes: Helen (Weaver) vive reclusa em seu apartamento e sofre de agorafobia, e Monahan (Hunter) é uma destemida e confiante detetive que gosta de liderar as investigações, além de ter um humor diferenciado. Dermot Mulroney é o carismático detetive Reuben, realmente uma boa pessoa, mas seu personagem é quase que descartável, e Harry Connick Jr é o assassino Daryll Lee Cullin, que aparece muito pouco, mas rouba acena em todos os momentos que aparecem.


Copycat tem muito suspense, mistério, segue por um caminho mais seguro, e tem até algumas referências ao clássico O Silêncio dos Inocentes – Daryll Lee Cullin e Helen Hudson -. Tem uma boa dose de sangue e violência, não tem aquele tom mais sombrio de Seven, traz personagens interessantes, uma trama dinâmica, e nos mostra porque produções sobre serial killer, ou os “True Crime” como são chamadas nos dias de hoje, foram tão populares na época. No fim, Copycat – A Vida Imita a Morte é uma das mais interessantes produções sobre serial killer que passou despercebido na época do seu lançamento, mas que merece ser visto.




COPYCAT - A VIDA IMITA A MORTE (COPYCAT)


Ano: 1995

Direção: Jon Amiel

Duração: 2h03 min

Elenco: Sigourney Weaver, Holly Hunter, Dermot Mulroney, Harry Connick Jr., William McNamara e Will Patton



NOTA: 9,5



Disponível no STAR +














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