CRÍTICA | CONTRA O TEMPO

Viagem no tempo, universos paralelos, realidades alternativas. Todas essas incríveis “teorias” rendem grandes histórias, e Hollywood soube muito bem aproveitar, produzindo inúmeros filmes sobre esses temas. Dirigido por Duncan Jones, “Contra o Tempo” é mais nova produção a abordar esses assuntos que são pura ficção científica, com uma trama envolvente que mistura suspense e ficção, com um toque de romance. No elenco estão Jake Gyllenhaal, Michelle Monaghan, Vera Farmiga e Jeffrey Wright.

O capitão Stevens (Jake Gyllenhaal) faz parte de um programa chamado “código fonte”, onde ele deve descobrir quem explodiu um trem, para impedir que o criminoso faça de novo. Toda vez que entra nesse programa, ele retorna para o trem oito minutos antes de explodir, sempre no corpo de um dos passageiros, mas a situação fica mais complicada quando ele se apaixona por uma das passageiras, Christina (Michelle Monaghan).

Contra o Tempo não perde tempo e já começa com uma sequência de ação, sem muitas explicações de imediato, o que pode deixar o espectador confuso. Bem desenvolvida, a trama envolvente e redondinha, fisga o espectador com muita ação, mistérios e suspense. Cada vez que Stevens retorna para os últimos oito minutos antes da explosão do trem, o roteiro explora de forma muito eficiente todos os momentos e detalhes da situação, onde sempre encontramos novas coisas para descobrir quem é o responsável.

Jake Gyllenhaal é o protagonista Colter Stevens, o grande condutor da trama e atuou muito bem, bastante empolgado em querer desvendar o mistério, e salvar a sua nova paixão, Christina (Michelle Monaghan). Todo esse drama é bem típico em filmes do gênero, mas surge aí um novo conflito: como que Stevens tentará salva-la do acidente no trem, se ela já está morta? Será que ele consegue? Vera Farmiga, a mãe de Esther em A Órfã e Jeffrey Wright são os criadores do código fonte, cheios de mistérios e segredos.

Repleto de ótimas sequências de ação, muito mistério em uma trama genial que prende a sua atenção, e sem perder o ritmo em nenhum momento, “Contra o Tempo” pega um tema batido e se desenvolve de forma inovadora e inteligente, levando para um desfecho revelador brilhante e emocionante, daqueles de ficar comentando e refletindo. Com uma premissa muito interessante, e que com certeza, muita gente queria ter esse poder, o filme de Duncan Jones é uma das produções mais divertidas e originais do ano.

Originalmente publicado em 2011. Editado em 2020.