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CRÍTICA | CONCLAVE

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 23 de jan.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 5 de mar.



Vencedor de 01 Oscar | Roteiro Adaptado

08 Indicações ao Oscar | Incluindo Melhor FILME, Ator (Ralph Fiennes), Atriz Coadjuvante (Isabella Rossellini), , Trilha Sonora, Design de Produção, Figurino, e Edição.



Toda vez que um Papa morre, a Igreja Católica realiza uma votação entre Cardeais de vários lugares do mundo, onde todos ficam isolados dentro da Capela Sistina, votação essa que pode durar dias, ou até semanas, até que um deles é escolhido como novo Papa com um número máximo de votos. Depois, uma fumaça branca surge no alto da capela, informando para todos que um novo representante da Igreja Católica já foi escolhido. Conclave, novo filme de Edward Berger (de Nada De Novo No Front), mostra exatamente esse momento importante no Vaticano, porém, com um toque de mistério e investigação, envolvendo tensões políticas, religiosas, e até intrigas entre os próprios cardeais, incluindo uma reviravolta surpreendente, ou no mínimo inusitada, por se tratar da Igreja Católica. Baseado em uma obra homônima de Robert Harris, publicada em 2016, Conclave começa de forma bem direta, com a morte do então atual Papa. Como de costume durante anos, um novo representante precisa ser escolhido, e o encarregado de comandar a eleição é o Cardeal Thomas Lawrence (Ralph Fiennes). Porém, ele acaba descobrindo uma conspiração envolvendo outros Cardeais, e Lawrence precisa investigar e descobrir tudo antes da escolha do novo Papa. Stanley Tucci, Isabella Rossellini, John Lithgow, Carlos Diehz, e Sergio Castellitto também estão no elenco.


A premissa da escolha de um novo Papa, e por ser um filme com temática mais religiosa, poderia soar um tanto desinteressante para o grande público – a não ser que fosse um filme de terror -, mas Conclave acaba surpreendendo com uma trama envolvendo conspiração e intrigas dentro do próprio Vaticano. O diretor Edward Berger convida o espectador a presenciar toda a rotina e tradição dos momentos que antecedem a escolha de um novo representante da Igreja Católica, conseguindo nos manter ligados na trama a todo instante, principalmente por se desenvolver de forma investigativa. É um típico thriller de espionagem, mas sem as sequências de ação, repleto de mistérios em torno da morte do Papa, personagens com atitudes duvidosas, e segredos que acabam sendo descobertos e expostos para todos. A direção de arte e a fotografia são impressionantes, mostrando os grandiosos cômodos da Capela Sistina, repleto de detalhes incríveis e bem realistas, com os corredores vazios que transmitem uma sensação de isolamento e que contribuem para o mistério e suspense de cerca a trama.



Conclave é um filme sobre atuações e personagens, e o foco do roteiro não poderia ser diferente além de mostrar o lado humano dos envolvidos, alguns com intensões mais suspeitas, mas todos tem seus dramas e motivos muito bem construídos. Ralph Fiennes brilha no papel do Cardeal Thomas Lawrence, fazendo um personagem complexo e intenso repleto de dúvidas e que tenta sempre fazer o correto para a ordem dos Cardeais. Outros grandes nomes no elenco acabam ficam um pouco menos relevantes, como John Lighgow e Sergio Castellitto, apesar de seus personagens serem importantes para o desenvolvimento da trama, e os dois destaques são Stanley Tucci e Isabella Rossellini. O ator interpreta outro Cardeal, e um dos candidatos a se tornar o próximo Papa, igualmente importante e com mais tempo em tela, mas é Rossellini que se destaca entre os coadjuvantes ao interpretar a irmã Agnes. Sua personagem é mais reservada e tem segredos importantes que definirão os rumos da trama, mostrando toda a complexidade e determinação por ser a única personagem mulher mais relevante entre um elenco majoritariamente masculino. 


Conclave não é um filme maravilhoso, e na verdade nem é grande coisa também, é simples, tem um ritmo lento, e tem seus altos e baixos no roteiro, mas é um thriller intenso com reviravoltas inusitadas – especialmente o desfecho -, e uma história envolvente repleta de intrigas e mistérios. É uma visão diferente sobre a escolha de um novo representante da Igreja Católica. Tem uma ótima construção dos personagens, e boas atuações de todo o elenco, dando mais intensidade e emoção para o filme, fato que acabou rendendo uma indicação ao Oscar para Ralph Fiennes. A produção foi bastante criticada pela igreja por ser mais progressista, trazendo temas como diversidade e inclusão, já que eles sempre foram mais conservadores. Talvez, só por isso, já vale o ingresso.




CONCLAVE


Ano: 2024

Direção: Edward Berger

Distribuidora: Diamond Films

Duração: 120 min

Elenco: Ralph Fiennes, Stanley Tucci, Isabella Rossellini, John Lithgow, Carlos Diehz, e Sergio Castellitto



NOTA: 8,5























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