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CRÍTICA | CINDERELA

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 28 de mar. de 2015
  • 4 min de leitura

Cinderela é uma das mais bonitas histórias da Disney, e também uma das mais usadas em filmes: a mocinha pobre que se apaixona pelo cara rico. Em 1998, estreava uma versão diferente dessa história, Para Sempre Cinderela, estrelada por Drew Barrymore e Angelica Houston como a madrasta má, que não tinha toda a magia do desenho, mas tinha um encanto único. Com o sucesso da versão sombria de Alice No País das Maravilhas, de Tim Burton, Hollywood viu um grande potencial em mãos, e desde então, surgiram as versões "live-action", com atores de verdade: Branca de Neve e Malévola; versões bem diferentes dos desenhos originais. Agora chegou a vez da gata borralheira Ella, ou Cinderela, ganhar uma versão com atores reais, que segue muito mais os acontecimentos do desenho. No elenco estão Lily James, Cate Blanchet, Richard Madden e a participação especial da sempre ótima Helena Bohan Carter.


Ella (Lily James), é uma moça que perdeu sua mãe e seu pai, e que agora vive como escrava no comando de sua madrasta, Lady Tremaine (Cate Blanchett), e suas duas filhas chatas. Ela acaba conhecendo o príncipe Kit (Richard Madden), e se apaixonam. O príncipe não para de pensar nela, e decide fazer um baile convidando as mulheres de todas as classes da região, para encontrar a moça por quem se apaixonou. Mas a madrasta de Ella não a deixa ir, porque ela quer que uma de suas filhas se casem com o príncipe, e todas acham que seria vergonhoso levar uma criada a uma festa. Mas o destino pode mudar para Ella, graças a sua fada madrinha (Helena Bohan-Carter), que surge para ajudá-la.


Não espere uma versão sombria e diferente do conto original, já que essa da Cinderela mostra exatamente a história da Disney, com alguns detalhes diferentes. O visual do filme é espetacular e muito bem produzido, com uma impecável direção de arte e representação de época incrível. Todos os cenários são lindos, desde a casa de Ella e, principalmente, o castelo do príncipe; é realmente o castelo dos sonhos de todos. Os diretores de arte usaram cenários reais mesmo, sem a criação de efeitos através do CGI, e por isso ficou muito realístico. Outro cuidado brilhante são os figurinos das personagens, extremamente coloridos e totalmente teatrais, dando mais brilho e glamour na história, além de retratar muito bem a época. A madrasta má, interpretada pela ótima Cate Blanchett, nos brinda com um desfile de seus mais belos e invejosos vestidos, um mais lindo e exagerado que o outro. Todos os figurinos dos personagens são ótimos, fieis e retrataram muito bem a época.



A melhor parte é a transformação do vestido de Ella, e toda a cena da transformação dos ratinhos em cavalos brancos, dos lagartos em humanos e da abobora em uma carruagem de ouro, e claro, o sapato de cristal, resultando num lindo e emocionante momento. E como não podia faltar, uma das cenas mais lembradas de Cinderela, quando o sino toca a meia noite e Ella tem que fugir antes que a magia acabe para o príncipe não a vê-la toda desarrumada, é também mostrado de uma forma linda e emocionante.

Outro ponto forte do filme são os atores e as atuações espetaculares, com destaque para Cate Blanchett e Helena Bonham Carter. Cate simplesmente arrasou no papel da madrasta má de Cinderela, atuando de uma forma bem natural, conseguindo ser ameaçadora e maldosa com apenas um olhar. Helena Bonham Carter é a fada madrinha de Ella, que aparece irreconhecível como uma idosa, mudando totalmente após a transformação. Sua participação é curta, mas uma benção no filme, conseguindo ser irônica e divertida, tirando risos do público.


Lily James (da série Downton Abbey) interpreta Cinderela, e está tão doce quanto a personagem do desenho. Uma atuação bem surpreendente é a de Richard Madden, o príncipe encantado, que consegue transpor emoção no papel de um príncipe bondoso e dedicado ao seu reino. E não podia deixar de comentar das duas meias irmãs de Ella, Anastasia e Drisella, que não sabem cantar e muito menos se vestir, além de serem irritantes, mas são responsáveis pelas inúmeras risadas durante a sessão.


Todos os elementos do conto de fadas estão ali: os ratinhos fofos que parece que estão falando e ajudam a criar o vestido de Cinderela, a madrasta e suas duas irritantes filhas, a fada madrinha, o sino da meia noite, a prova do sapato de cristal, e a lição de moral, presente em todas as animações da Disney: não importa a diferença social, e sim o amor que um sente pelo outro. No final, Cinderela mostra que filmar um conto de fadas sem muda-lo ou sem fazer uma versão sombria, dá muito certo, e ainda, dá mais glamour e beleza a história. O filme é um deleite visual para os nossos olhos, graças a sua bela direção de arte e figurino, nos fazendo voltar para a época do filme, tudo contado de uma forma simples, recriando todos os momentos do desenho e mantendo todo o encanto e magia.






CINDERELA


Ano: 2015

Direção: Kenneth Branagh

Elenco: Lily James, Cate Blanchet, Richard Madden, Helena Bohan Carter e Stellan Skarsgård.
















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