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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CIVIL


A Marvel sempre consegue fazer grandes adaptações de seus heróis para o cinema. Tudo começou com Homem de Ferro, lançado em 2008, que foi um enorme sucesso de crítica e de bilheteria, fato que nem a própria produtora pensaria que ia ter. Com esse grande sucesso, a Marvel continuou com as suas adaptações, que agora, inicia a fase 3 com Capitão América: Guerra Civil. Baseado nas HQ de Guerra Civil, criada por Mark Millar e Steve McNiven, o novo filme dos irmãos Joe e Anthony Russo, que adiciona vários super heróis em sua história, pode ser considerado uma continuação de Vingadores A Era de Ultron, mas mantém o enredo e acontecimentos dos dois primeiros filmes do Capitão América, O Primeiro Vingador e Soldado Invernal.


Após as cidades de Nova York, Washington D.C, Sokovia e agora Nigéria, que ficaram destruídas e causaram muitas mortes, a S.H.I.E.L.D decide controlar os vingadores através de um tratado para que os super-heróis causem menos destruição futuramente. Tony Stark (Robert Dpwney Jr.) convoca uma reunião com alguns vingadores explicando toda a situação para que eles assinem esse tratado como forma de desculpas. Porém, Steve Rogers (Capitão América) não gosta dessa ideia, preferindo o anonimato, fazendo com que os vingadores se dividem. E junto com isso tudo, Bunk (Sebastian Stan), o soldado invernal e amigo de infância de Rogers, está sendo procurado por ser o responsável pelo desastre na Nigéria, e não acreditando que seu amigo tenha sido o responsável, o capitão decide protege-lo, deixando o Homem de Ferro ainda mais irritado com ele e fazendo com que os vingadores fiquem ainda mais divididos, dando início a uma guerra entre os próprios heróis.


Guerra Civil é o melhor filme da Marvel até agora, e serve como consolo após A Era de Ultron, que deixou um pouco a desejar. Com uma história ótima e bem planejada, o roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeeley coloca nada menos que onze super heróis na trama. Todos têm seus motivos bem explicados para escolherem um lado, com subtramas menores que influenciam nas suas escolhas. A política por trás do enredo é eficiente e muito bem trabalhada, e ainda tem duas histórias paralelas: a dos filmes do Capitão América, com a organização Hydra e a história de Bunk, o melhor amigo de Steve Rogers, e os eventos dos dois filmes dos Vingadores. Os roteiristas fizeram um ótimo trabalho sem que ficasse confuso demais, e todos tem sua importância para a história.



Cada herói tem um motivo de qual lado escolher, e com isso, formam-se dois grupos: O Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) lidera o primeiro grupo, que conta com a Viúva Negra (Sacarlett Johanson), Máquina de Combate (Don Cheadle), Pantera Negra (Chadwick Boseman) e Visão (Paul Betany). Ainda, Stark chama o Homem Aranha (Tom Holland) para fazer parte do seu grupo. Capitão América (Chris Evans) lidera o outro grupo, que tem ajuda do Falcão (Anthony Mackie), a Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) e o Arqueiro (Jeremy Renner). Assim como Stark recrutou um super herói para o seu time, Rogers chamou o Homem Formiga (Paul Rudd) para a sua equipe. Desses onze, temos a introdução de dois novos super heróis, o Pantera Negra (com previsão de filme solo para 2018) e Homem Aranha (que nesse caso é a apresentação do novo ator e o reboot do novo filme, com estreia prevista para julho de 2017).


O grande destaque continua sendo o Homem de Ferro, que agora está mais sério e preocupado com tudo que fizeram, mas continua soltando piadinhas ótimas com o seu humor irônico; Robert Downey Jr foi a escolha mais certa da Marvel. Mas de todos os personagens, três deles ganham muito destaque e divertem o público ainda mais. O Homem Aranha, interpretado por Tom Holland, que mesmo com apenas uns 20 minutos em cena, consegue roubar a atenção, e foi uma aposta certeira escolher o ator para viver o personagem. Algumas das melhores piadas são dele, conseguindo cativar o público com todo o carisma, o que vai contar muitos pontos quando seu filme solo estrear; talvez, muitos vão criticar a escolha da tia May, interpretada pela veterana Marisa Tomei. Outro também que rouba a cena é o Homem Formiga, interpretado por Paul Rudd. O ator provou que é perfeito para interpretar o herói, e em Guerra Civil ele está demais, principalmente nas cenas de ação, soltando piadinhas e tiradas ótimas. E por fim, outro super herói novo é Pantera Negra, que coube ao ator Chadwik Boseman dar vida a esse grande personagem. Com filme solo previsto para 2018, o Pantera Negra está em sua melhor representação, e com toda a sua frieza e sede de vingança, o ator mostra que foi a escolha perfeita para viver o herói.



Guerra Civil não tem as grandiosas cenas de destruição como acontece em Os Vingadores, e até em O Soldado Invernal, já que não temos um grande vilão que ameaça alguma cidade. Aqui, o foco é o embate entre os próprios vingadores e seus convidados; mas isso não quer dizer que a ação do filme seja menor. Pelo contrário. A mais esperada de todas, e a melhor, é a do aeroporto, que além de ser bem elaborada, é engraçada, divertida, repleta de ação e cheia de surpresas, onde todos os heróis se enfrentam e mostram suas habilidades. É como se a Marvel apresentasse a maioria dos seus personagens e seus poderes para os iniciantes no mundo dos heróis. Algumas cenas de ação são muito rápidas, como a da Nigéria, os efeitos especiais, e o seu excesso, deixam a desejar, mas nada que estrague Guerra Civil e a nossa diversão. Outro detalhe acertado é o humor junto com as batalhas, que ficam por conta do Homem Formiga e do Homem Aranha, as melhores adições do filme.


Para assistir Capitão América: Guerra Civil, é tem que ter visto outros filmes da Marvel, já que são tudo sequências do mesmo universo, mas principalmente esses e nessa ordem: Capitão América: O Primeiro Vingador, Os Vingadores (2012), Capitão América: O Soldado Invernal e Vingadores: A Era de Ultron. E Guerra Civil prepara o terreno para o próximo filme dos Vingadores, Guerra Infinita, previsto para estrear em 2019. O novo filme do capitão é um dos melhores da Marvel, que começou muito bem a 3ª fase, com muitos heróis, humor, trama muito bem trabalhada, ótimas cenas de ação que empolgam, e claro, a introdução, ou melhor, a (re)introdução, do nosso amigo da vizinhança Homem Aranha. Já estamos ansiosos para seu filme.





CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CIVIL (CAPITAIN AMERICA: CIVIL WAR)


Ano: 2016

Direção: Joe Russo e Anthony Russo

Elenco: Robert Dpwney Jr., Chris Evans, Sebastian Stan, Sacarlett Johanson, Don Cheadle, Chadwick Boseman, Paul Betany, Tom Holland, Anthony Mackie, Elizabeth Olsen, Jeremy Renner, Paul Rudd, Marisa Tomei



NOTA: 10












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