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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | BURLESQUE

Atualizado: 4 de nov. de 2021



O gênero musical talvez seja um dos menos prestigiados do cinema, pelo menos nos dias atuais, e já tivemos dos mais variados tipos, e quase sempre são indicados em premiações: Grease, A Noviça Rebelde, Chicago e Mamma Mia, e Moulin Rouge, esse último, o mais famoso dos últimos anos, e que serviu de impulso para o gênero ganhar força. Agora, chega a vez da noite burlesca invadir os cinemas, com as ilustres presenças de Cher e Christina Aguilera, em Burlesque. Dirigido por Steve Antin, o musical ainda tem no elenco Cam Gigandet, Kristen Bell, Stanley Tucci, Alan Cumming e Peter Gallagher.


Ali (Christina Aguilera) se muda para Los Angeles para tentar carreira no teatro e na música, e acaba trabalhando em um bar chamado Burlesque, como garçonete. O bar, comandado por Tess (Cher) está passando por problemas financeiros, e Ali pode ser a salvação que todos estavam precisando.


Burlesque é um divertido e cativante musical, com todos os elementos que o gênero pode pedir. O problema é o enredo, a garota do interior que se muda para a cidade grande, que se destaca e é a salvação da história, e por aí vai, além de ser cheio de clichês típicos, com um romance fofo, mas previsível, e em geral, tudo o que você já deve ter visto em outros filmes. Isso não é um grande problema, porque em um todo, o musical é bom e da para e se divertir bastante. Mas uma surpresinha no enredo não faria mal algum.


Por outro lado, a fotografia e o figurino são maravilhosos, esbanjando glamour, beleza e sensualidade nos mais diversos vestidos, com plumas e muito brilho, além do visual do cabaret, muito bem produzido; sinto no ar uma indicação ao Oscar no próximo ano. As apresentações são bem coreografadas, cheias de emoção, charme e estilo, onde as protagonistas se empenham bastante, apesar de já estarem acostumadas com a rotina. E o principal, claro, a incrível trilha sonora com ótimas canções que nos dão vontade de dançar, em casa, óbvio, comandadas pelo produtor musical Tricky Stewart, que já trabalhou com Beyonce, Rihanna e Lady Gaga.



Os principais destaques são, claro, Cher e Christina Aguilera, não no quesito atuação, mas sim por serem duas grandes estrelas do Pop. Aguilera faz sua estreia como protagonista, não é lá grandes coisas, se saindo melhor nas cenas em que ela canta e performa, do que nos arcos dramáticos, mas é simpática o suficiente para a gente torcer por ela, até porque, gente, é a Christina Aguilera; a maioria dos números musicais são dela. A veterana Cher, que já atuou em vários filmes e até ganhou um Oscar por Feitiço da Lua, de 1987, faz um papel que parece que foi feito exatamente para ela, e entrega uma das melhores atuações do elenco.


Cam Gigandet, que quase nunca ganha papeis de destaque, interpreta Jack, o barman do cabaret e interesse amoroso da personagem de Aguilera, que não convence quase nada. Stanley Tucci é o cenógrafo Sean, braço direito de Cher, que tem uma boa química com a cantora, repetindo muito seu personagem em O Diabo Veste Prada. E por fim, tem ainda Kristen Bell como Nikki, uma espécie de antagonista que tem inveja do sucesso de Ali, com pouco destaque na trama.


Falta algo desafiador na trama de Burlesque, tudo se resolve muito fácil, e tem situações que não convencem, como o romance de Ali e Jack, e a história só não fica chata por causa das presenças de Christina Aguilera e Cherilyn Sarkisian, mais conhecida como Cher. De resto, é um ótimo musical, com um visual belíssimo de dar inveja, colorido e com muito alto astral, ótimos números musicais e poderosos vocais das duas cantoras. A diversão é certa.


Originalmente postado em 2010. Editado em 2020.






BURLESQUE


Ano: 2010

Direção: Steve Antin

Elenco: Cher, Christina Aguilera, Cam Gigandet, Kristen Bell, Stanley Tucci, Alan Cumming e Peter Gallagher.



NOTA: 8,5




Disponível na HBO MAX.








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