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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | BATTLESHIP - A BATALHA DOS MARES


Adaptar jogos de videogame e livros, é algo muito comum em Hollywood. E era fácil fazer um filme por que já tem uma história base para seguir, dai vai dependendo de cada roteirista a forma como quer abordar. Mas nem só de jogos e livros, Hollywood vive: em 2007, a famosa empresa de brinquedos Hasbro, junto com Michael Bay, lançaram Transformers, filme baseado nos carros que se transformavam em robôs. Já em 2009, novamente a Hasbro, mas agora, com Stephen Sommers (A Múmia), lançaram G.I. Joe – A Origem de Cobra, baseado nos bonecos da empresa de brinquedos. Ambos tinham HQs e séries animadas, então, era mais fácil para criar uma história.


O grande desafio viria em 2012, quando a Hasbro, mais uma vez, decidiu adaptar outro de seus produtos, o famoso Batalha Naval. O diferencial desse para os outros, é que Batalha Naval não tem HQs e nem séries animadas, então criar uma história para adaptar o jogo nela, é mais trabalhoso. Eis que temos esse Battleship – A Batalha dos Mares, filme dirigido por Peter Berg (de Hancock), e roteiro escrito pela dupla John e Erich Hoeber (de RED – Aposentados e Perigosos), que mostra a marinha americana enfrentando alienígenas equipados com alta tecnologia. Estão no elenco Taylor Kitsch, Alexander Skarsgård, Brooklyn Decker, Rihanna, Liam Neeson e Tadanobu Asano.


Uma equipe de cientistas no Hawai envia um sinal da Terra para um planeta a milhões de distância, na tentativa de achar algum sinal de vida. Anos depois, eles receberam o sinal de volta, mas na forma de naves alienígenas que chegaram no nosso planeta.



Battleship é aquele filme repleto de clichês e muita destruição, com bastante patriotismo e guerra, no melhor estilo Hollywood. O longa começa apresentando os personagens e explicando o rumo da história, parte que leva uns vinte e poucos minutos, e é muito interessante porque também mostra os trabalhos da marinha americana, os navios de guerra chamados “destroyers”, e todo o treinamento. Logo depois, chega à parte que a maioria espera, e gosta: destruição, cenas de ação, e muitos efeitos especiais, bem no estilo Transformers. O roteiro John e Erich traz bastante mistério envolvendo os alienígenas, e a forma gradativa como o suspense vai aumentando é boa. Ao mesmo tempo que os navios estão batalhando contra as naves alienígenas, em terra, no Havaí, outros personagens tentam impedir uma invasão maior. Aliás, o filme não explica detalhadamente do porquê eles querem nosso planeta, mas sabemos que é o motivo mais óbvio. E, a única referência ao jogo Batalha Naval, aparece depois da metade do longa, onde os marinheiros encontram uma forma de destruir as naves: utilizando boias de alerta de tsunamis, criando um campo de batalha igual ao jogo.


Os personagens tem suas histórias bem trabalhadas, e grande parte é mais engraçada do que dramática. Taylor Kitsch é Alex Hoper, um fanfarrão que não quer nada da vida, pressionado por seu irmão, Stone Hoper (Alexander Skarsgård) a se juntar na marinha para tomar jeito na vida, fato que não acontece. Ele se torna tenente do John Paul Jones, mas não muda suas atitudes. Alex briga com meio mundo, mas chega ao limite com o capitão Nagata (Tadanobu Asano), que comanda outro navio de guerra, mas que não demora muito para acontecer algo bastante óbvio. Liam Neeson é o Almirante Terrence, que não gosta nada do jeito de Alex, ainda mais que ele namora sua filha Sam (Brooklyn Decker), com quem pretende se casar. Sam é fisioterapeuta de uma clinica de reabilitação para combatentes de guerra, e ajuda o ex-tenente Mick (Gregory D. Gadson), entrar em forma. Eles acabam entrando no meio da invasão dos alienígenas, em terra. Ainda, tem a cantora Rihanna, em sua primeira atuação nos cinemas, interpretando a artilheira Cora, colega de Alex no John Paul Jones. Não é um grande papel da cantora, mas ela se sai bem nas suas limitações, falando frases de efeitos e piadinhas.

No fim, Battleship - A Batalha dos Mares é um filme que tem a intenção de divertir, não se importando com clichês ou frases de efeito, e muito menos se tem uma história profunda. Serve com um bom blockbuster, graças aos seus efeitos especiais, explosões e muita destruição, com uma história 100% patriota, bem como os americanos adoram. Não espere nada de inovador, ou profundo, porque disso, só o mar é. O que importa, é que é divertido e empolgante.







BATTLESHIP - A BATALHA DOS MARES (BATTLESHIP)


Ano: 2012

Direção: Peter Berg

Elenco: Taylor Kitsch, Alexander Skarsgård, Brooklyn Decker, Rihanna, Liam Neeson e Tadanobu Asano.



NOTA: 8,0











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