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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | AVATAR 2: O CAMINHO DAS ÁGUAS

Atualizado: 27 de fev. de 2023




04 Indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Efeitos Visuais, Melhor Direção de Arte, e Melhor Som.



Em 2009, o mundo lotava as salas de cinema para assistir o espetáculo visual que James Cameron tinha prometido: Avatar. Ao apresentar um novo mundo, Pandora, com seres azuis grandes, uma fauna enorme repleta de seres inimagináveis, e uma cultura diferente, Cameron inovou o 3D na época, e o resultado foi a incrível bilheteria de U$2,7 bilhões arrecadados no mundo todo, na época do lançamento, e três Oscars garantidos em 2010. A ideia de Cameron era fazer mais filmes, tornando Avatar uma franquia, e o diretor quis esperar até ter a tecnologia que ele achava que precisava, e depois de treze anos, finalmente o mundo pôde conhecer mais sobre o planeta Pandora, e toda a sua cultura. Assim, temos Avatar 2: O Caminho das Águas, uma megaprodução espetacular, maior e melhor que o original, apresentando outros Na’vis, e toda uma cultura diferente, em um filme que empolga pelo visual jamais visto no cinema, e as sequências de ação, mas acaba cometendo os mesmos erros que o original; porém, isso pouco importa.


Na trama, Jake Sully (Sam Worthington), que agora vive no corpo de um Na’vi, é o líder do clã Omaticaya, e formou uma família com Neytiri (Zoe Saldaña). De alguma forma, o coronel Miles (Stephen Lang) está vivo, conseguiu entrar no corpo de um Na’vi, e ele pretende se vingar de Jake e sua família. Com essa ameaça, “os Sully’s” acabam fugindo da floresta onde viviam, indo até o povo dos recifes, a tribo marítima Metkayina, que tem como líderes Tonowari (Cliff Curtis), e Ronal (Kate Winslet), para se refugiarem e aprenderem os seus costumes.


Avatar 2: O Caminho das Águas é um filme bem difícil de tentar descrever como é a sensação de prestigiar um espetáculo como esse, e somente você assistindo para ter uma noção do que é. Tirando alguns detalhes clichês do roteiro, Avatar 2 é um filme que é necessário assistir no cinema, de preferência em IMAX 3D, para ter a real intenção da experiência que James Cameron quer que o público veja. Tudo é incrível em O Caminho das Águas: o visual do planeta, em especial, a região das águas, os cenários em baixo d’água e todas as sequências nela, os seres que vivem na água, as cores, tudo. E não é somente isso. A forma como Cameron utilizou o 3D é fenomenal, a movimentação das câmeras (eu assisti em IMAX) faz com que você realmente esteja presente naquele mundo espetacular e belo; é uma experiencia difícil de descrever. E tem mais: o realismo da captura dos movimentos é sem palavras, tanto dos Na’vis quanto dos animais que vivem em Pandora, a textura da pele, a respiração, as cores, tudo incrivelmente perfeito e muito bem produzido.



Avatar 2: O Caminho das Águas peca no roteiro, mas como falei no início da crítica, isso pouco importa. Grande parte da trama se passa na região onde vivem a tribo marítima Metkayina, seres bem diferentes dos Omaticaya, já que eles são adaptados para viver na região das águas. Com isso, temos uma nova cultura, novos costumes e ideais para conhecermos, e James Cameron introduz nos mínimos detalhes. Até aí, tudo maravilhoso e irretocável. O problema é na ideia: a batalha entre o bem e o mal, a mensagem de proteger a natureza – no primeiro filme eram as florestas, agora são as águas e os seres que vivem nela -, tudo isso já foi visto alguma vez, inclusive no filme de 2009. Na verdade, não é bem um problema, só é um tema batido, nada de inovador, mas claro, é um assunto muito importante, sempre atual, e continuará sendo por muitos anos. Além disso, há outros clichês, como frases de efeitos, situações, e atitudes previsíveis de alguns personagens; não há muitas surpresas nesse quesito. Mas como disse, esses clichês são os de menos, o que está em questão é o espetáculo visual, e isso já vale pelo filme todo.


Mesmo mundo, novos seres, e novas culturas. No primeiro Avatar, fomos apresentados a tribo dos Omaticaya, que vivem nas florestas de Pandora. Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri (Zoe Saldaña) retornam para a sequência, agora com cinco filhos: o mais velho, Neteyam (Jamie Flatters), Lo'ak (Britain Dalton) o filho do meio e o que mais se mete em problemas, a mais nova Tuktirey (Triity Bliss), e os filhos adotivos, Kiri (Sigourney Weaver, que interpretou a dra. Grace no primeiro filme - tudo é explicado), e Javier "Spider" (Jack Champion), humano que nasceu em Pandora e que vive como um Na’vi. O roteiro foca muito em Lo’ak e Kiri. Em Avatar 2 – O Caminho das Águas, James Cameron introduz uma nova tribo, os Metkayina, que são um pouco diferentes fisiologicamente, já que se adaptaram a viver em baixo d’água também, e tem como líderes Tonowari (Cliff Curtis), e Ronal (Kate Winslet). O casal tem dois filhos, Aonung (Filip Geljo), que tem uma implicância com os filhos dos Sully’s, principalmente Lo’ak, e Tsireya (Bailey Bass), a única que realmente os ajuda as se adaptarem. E é essa interação entre as duas famílias – os problemas, as implicâncias dos adolescentes, a adaptação ao novo mundo -, que torna Avatar 2 mais leve, dinâmico, com muito humor, e mais emoção, criando personagens carismáticos, interessantes, bem desenvolvidos, e fáceis de criar empatia.



Outro ponto positivo são as sequências de ação, empolgantes e repletas de efeitos especiais incríveis, que se misturam com os cenários maravilhosos da região das águas. Avatar 2: O Caminho das Águas é um deleite visual espetacular como você jamais viu no cinema, perfeito em todos os quesitos que faz até com que a trama cheia de clichês passe despercebido. James Cameron repete o mesmo feito do primeiro Avatar, que na época revolucionou o 3D e os efeitos especiais, com uma continuação maior, mais bela, introduzindo um novo povo, nova cultura, novos seres magníficos, e uma imersão e sensação impossível de se descrever, um filme que precisa ser visto no cinema. É um show de efeitos especiais e uma experiência única, mostrando cenários perfeitos, principalmente nas cenas em baixo d’agua. Já estou ansioso para ver o que Cameron tem preparado para os próximos filmes. Avatar 3: O Portador de Sementes tem previsão de estreia para 20 de dezembro de 2024, Avatar 4: O Cavaleiro de Tulkum estreia 18 de dezembro de 2026, e Avatar 5: A Busca por Eywa, 22 de dezembro de 2028. A expectativa é que a cada filme seja mostrado novas tribos dos Na’vis, novos ecossistemas, seres novos, e outras culturas de Pandora. Ansiosos também?




AVATAR 2: O CAMINHO DA ÁGUA (AVATAR: THE WAY OF WATER)


Ano: 2022

Direção: James Cameron

Elenco: Sam Worthington, Zoe Saldaña, Kate Winslet, Cliff Curtis, Stephen Lang, Sigourney Weaver, Britain Dalton, Jack Champion.



NOTA: 9,8




















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