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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | AS PANTERAS (2019)

Atualizado: 7 de out. de 2021



Originalmente, As Panteras foi uma série de TV americana sobre um trio de mulheres espiãs que trabalham em uma agência comandada por Charlie, uma voz masculina que nunca foi apresentada, fisicamente, e que tinha como uma espécie de recruta, o Bosley. A série dos anos 70, era estrelada por Jaclyn Smith, Farrah Fawcett-Majors e Kate Jackson, que se tornaram ícones ao representar o feminismo em um mundo onde os homens dominavam como espiões.


Lá em 2000, um filme foi produzido, estrelado por Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu como as três Panteras agentes, na qual resultou em uma sequência, em 2003, que contava com Demi Moore como uma antiga espiã, e a participação de Rodrigo Santoro, que estava no auge de sua carreira internacional. Quinze anos depois, um reboot que funciona como sequência direta dos filmes e da série, é produzida, comandado por uma mulher, a atriz, roteirista e diretora, Elizabeth Banks. Agora, as três espiãs (duas na verdade, porque uma ainda não é uma Pantera oficial), são Kristen Stewart, Ella Balisnka e Naomi Scott. No elenco ainda estão Patrick Stweart e Sam Claflin.


Elena (Naomi Scott) trabalha em uma empresa de tecnologia, e que desenvolveu uma fonte de energia sustentável chamada Calisto. Ao perceber que sua invenção servirá para uso de um terrorista, ela recorre a agencia Townsed, e acaba se tornando um alvo da empresa. Mas ela contará com a ajuda de duas espiãs, Sabina (Kristen Stewart) e Jane (Ella Balisnka), lideradas por Bosley (Elizabeth Banks) para impedir a venda do produto para os vilões.


Escrito, dirigido e atuado por Elizabeth Banks, esse novo filme das Panteras abraça de vez o empoderamento feminino, mas não é ousado e nem se aproveita disso, se tornando um capitulo mais sério e contido. Os filmes das Panteras dos anos 2000, estrelados por Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu, eram mais divertidos, cartunescos, brincavam com o “ridículo”, e eram ousados, além do apaixonante carisma das protagonistas; já a produção assinada por Banks, é bem ao contrário. Mas isso não quer dizer que seja um filme ruim, pelo contrário, diverte bastante.


As cenas de ação são ótimas, e o trio de atrizes se entregam e conseguem fazer a maioria das sequências mais difíceis, mas o roteiro meio que se estende demais, e em alguns momentos não consegue prender a atenção do seu público, apostando em reviravoltas e surpresas para sustentar a trama. James Bond, dos filmes do 007, também viajava meio mundo, visitando diversos países, mas na maioria das vezes, fazia sentido essas viagens. No filme de Banks, não há nenhuma situação memorável, ou muitas referências à série dos anos 70, se comparar com os filmes dos anos 2000, mas ainda é uma produção divertida e atual, além de importante para a época que vivemos.



Kristen Stweart, sempre lembrada pelos filmes da saga Crepúsculo, Naomi Scott, que esse ano estrelou Aladdin, e Ella Balinska, da série The Athena, são as novas Panteras da franquia. O trio de protagonistas estão em perfeita sintonia, com bastante química e dominam a cena a todo estante, se divertindo, onde cada uma tem uma personalidade diferente. Elas passam longe do carisma de Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu, mas claro, são personagens diferentes em épocas e filmes diferentes. Também, faltou um pouco de uma história de origem das protagonistas, uma pequena introdução ou até sobre o passado de uma delas, como aconteceu no filme de 2003; quem sabe em uma possível continuação.


Kristen é Sabina, que serve como alivio cômico, sarcástica e que solta piadas de empoderamento, sempre questionando a ação dos homens; e a atriz realmente está se divertindo. A atriz britânica Balisnka é Jane, a que mais se destaca entre as protagonistas, trazendo uma ótima dinâmica nas suas cenas de ação, fazendo uma espiã orgulhosa e que acha que pode fazer tudo sozinha. E Scott é Elena, criadora da fonte de energia, tímida e sem muita confiança em si mesma, mas que fica empolgada por estar em ação ao lado de suas novas amigas espiãs.


Roupas extravagantes, perucas, disfarces estranhos, perseguições e corridas de cavalo, tudo está ali, mas falta ousadia, aquele tom mais “trash” e fantasioso nesse As Panteras, algo que chame a atenção e que seja memorável, no lado bom ou ruim. A produção foca mais em piadas sarcásticas sobre feminismo, do que no próprio filme em si, se tornando algo que vai no automático, sem grandes pretensões, mas não é um filme ruim, diverte com as cenas de ação, as piadas, e nos faz torcer pelas espiãs, que tem sim seus carismas. As Panteras é o filme ideal para o empoderamento feminino, e é basicamente isso que o filme de Elizabeth Banks faz, e muito bem por sinal. Ainda, tem participações muito especiais e várias surpresas ao longo da história.





AS PANTERAS (CHARLIE'S ANGELS)


Ano: 2019

Direção: Elizabeth Banks

Elenco: Kristen Stewart, Ella Balisnka, Naomi Scott, Elizabeth Banks, Patrick Stweart, Sam Claflin e Noah Centineo



NOTA: 8,0
















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