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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | APOLLO 18: A MISSÃO PROIBIDA


Filmado com câmeras amadoras, o subgênero “found footage”, fita encontrada, tem tomado conta de Hollywood nesses últimos anos, impulsionados pelos recentes REC e Atividade Paranormal. Eis então que surge Apollo 18 – A Missão Proibida, dirigido por Gonzalo Lopez-Galego, que explica do porquê a NASA não ter enviado mais missões para a lua. Na história, a nave Apollo 17 foi a última missão tripulada que a agência espacial enviou para a lua. Mas há indícios que eles mandaram uma outra secretamente, onde as filmagens poderiam ter revelado uma presença extraterrestre.


Ao invés de monstros, zumbis e fantasmas, Apollo 18 mostra uma ameaça desconhecida, e foca mais na ficção do que no terror, o que já um grande diferencial das inúmeras produções lançadas. Além disso, a ideia da trama é interessante e tem boas justificativas, mas é mal executada as vezes, usando bastante clichês do gênero: coisas acontecem sem ninguém ver, imagens distorcidas. Os sustos são poucos e previsíveis, tem uma certa tensão e mistério que, às vezes, envolve o espectador, mas nada de tão relevante, e para quem gosta de uma conspiração básica, a produção tem, envolvendo a NASA, obviamente, e há menções de eventos históricos, como a Guerra Fria e o caso Watergate.


Apollo 18 usa a mesma tática que A Bruxa de Blair fez no seu lançamento, usar pessoas desconhecidas para dar mais veracidade na trama, além de que, inicialmente, não tiveram seus nomes revelados, uma ótima ideia para o marketing da produção. Warren Christie, Lloyd Owen e Ryan Robbins são os astronautas enviados para a “missão secreta”, tem boas atuações e os perrengues que eles passam parecem ser bem reais. O problema está nas discussões de que sempre tem que filmar tudo o que acontece, e em algumas piadas e brincadeiras sem muita graça, que servem apenas para criar um vinculo com o público.



Os efeitos especiais são bons, apesar de não serem tantos, e a direção de arte é eficiente, mostrando com bastante realidade a geografia da lunar, mas alguns jogos de câmeras atrapalham bastante, e são típicas no subgênero. O grande mistério é somente revelado nos minutos finais, e o filme termina da mesma forma de sempre, do nada e sem muita explicação. No fim, Apollo 18 tem mais prós do que contras, é uma produção razoável que se diferencia um pouco dos outros, mas não é nada demais e não acrescenta muita coisa no estilo “found footage”. Polêmica ou por marketing, a NASA disse que não existiu nenhuma missão depois da Apollo 17, e que não existe nada na Lua. Quem não adora uma boa conspiração, não é?


Originalmente postado em 2011. Editado em 2020.







APOLLO 18


Ano: 2011

Direção: Gonzalo Lopez-Galego

Elenco: Warren Christie, Lloyd Owen e Ryan Robbins.



NOTA: 5,0













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