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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | ANNABELLE 2: A CRIAÇÃO DO MAL

Atualizado: 4 de nov. de 2021



Quando James Wan, criador de Jogos Mortais, lançou Invocação do Mal, em 2013, mal ele sabia do sucesso que o filme faria, e muito menos, que surgisse um “universo compartilhado”, da mesma forma que a Marvel e a DC fazem. Com a aparição de Annabelle no filme de 2013, a Warner viu o potencial na boneca, e decidiu contra sua história, no terrível Annabelle, lançado em 2014. Sucesso de bilheteria, mas fracasso de crítica, o filme dividiu os fãs do terror, em uma história sem imaginação, que serviu apenas para expandir o universo criado. Com isso, os produtores decidiram se redimir, ou não, com a crítica e o público, apesar do sucesso, e lançaram Annabelle 2 – A Criação do Mal, que como diz o título, o longa, dirigido por David F. Sandberg, conta a origem da boneca título, e como ela ficou amaldiçoada, chegando até os eventos do filme anterior.


Na história, um casal que mora em uma casa no campo, Esther (Miranda Otto) e Samuel (Anthony LaPaglia), sofre com a perda de sua filha. Anos depois, um grupo de garotas órfãs, junto com a freira Charlotte (Sthepanie Sigman), são convidadas a ficar na residência do casal. Lá, as crianças começam a presenciar fatos sobrenaturais, ligado a uma boneca.


Depois da decepção que o primeiro Annabelle foi, muita gente, incluindo eu, ficaram receosos com essa produção. Mas ainda bem que a gente estava errado. O filme de David F. Sandberg é muito superior ao seu original, trazendo elementos que foram bem sucedidos nos dois filmes do Invocação do Mal, se tornando um excelente filme de origem. Ao contrario do original, em A Criação do Mal, o clima de suspense e tensão é constante, criando uma atmosfera que realmente assusta, graças a ambientação, tanto da casa, quanto da região ao redor do local. Cada cômodo da casa é explorado, com cenas sobrenaturais em que o personagem não vê o que acontece, e a narrativa também é muito bem desenvolvida, com muitos elementos religiosos, criando com eficiência a mitologia da boneca amaldiçoada.



Você quer sustos? Cenas que impressionam? Aqui, elas realmente funcionam, graças a forma como a história é contada, e os personagens que passam pelas situações mais estranhas. Destaque para Thalita Bateman e Lulu Wilson, as irmãs Janice e Linda, respectivamente, que passam por constantes perigos, e se saem muito bem. Nenhum dos personagens tem seus dramas aprofundados, com exceção do casal, vivido por Miranda Otto e Anthony LaPaglia, mas já é o suficiente para produzir a história, e criar algum vínculo.


Annabelle 2 – A Criação do Mal é um fator de vários elementos que dão certos, feito raro nos filmes de terror: uma história bem construída, personagens interessantes, uma ambientação assustadora, e de quebra, os famosos sustos que o público tanto adora, fazendo do filme um terror muito acima da média. O final, faz a ligação com o primeiro Annabelle, como era previsto, mas é lá no meio do longa, que faz outra bem interessante com o próximo filme do universo cinematográfico de terror da Warner: a freira Valak, que tanto assustou a família, e o casal Warren, em Invocação do Mal 2. Agora, só resta torcer para que eles façam um filme da freira decente.





ANNABELLE 2: A CRIAÇÃO DO MAL (ANNABELLE: CREATION)


Ano: 2017

Direção: David F. Sandberg

Elenco: Sthepanie Sigman, Miranda Otto, Anthony LaPaglia, Thalita Bateman e Lulu Wilson



NOTA: 9,0



Disponível na HBO MAX e na AMAZON.










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