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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | A TORRE NEGRA

Atualizado: 3 de nov. de 2021



A Torre Negra é uma série de sete livros do famoso escritor Stephen King, e com mais de 4.000 páginas, de muita magia, fantasia, terror e faroeste. Uma adaptação cinematográfica já estava nos planos de Hollywood a tempos, por isso a demora de levar a história do pistoleiro Roland Deschain, e o feiticeiro Walter Padick, para o cinema. Dirigido por Nikolaj Arcel, chega aos cinemas a tão esperada adaptação, que funciona como um resumo de todos os livros, condensados em uma hora e meia de filme. No elenco estão Idris Elba, Mathew McConaughey e Tom Taylor.


Jake Chambers (Tom Taylor) é um jovem garoto de NY que tem pesadelos com dois homens, um pistoleiro, Roland (Idris Elba) e um homem de preto, Walter (Mathew McConaughey), um lugar desconhecido e uma enorme torre. Jake começa a ser perseguido por duas pessoas disfarçadas de criaturas sombrias, e acaba entrando na Mundo Médio, lugar dos seus pesadelos, e encontra o pistoleiro Roland, que quer matar o homem de preto antes que ele destrua a torre Negra, que serve como um portão para impedir que o submundo entre.


O filme de Nikolaj Arcel pega elementos de todos os livros oito livros de Stephen King, com isso, o resultado, obviamente, acabou não sendo bom. Para quem não leu as obras, o longa se torna interessante, explicando todo o universo do Mundo Médio, da Torre Negra, a mitologia, mas o roteiro não se desenvolve bem, tornando tudo muito simples, sem muita criatividade. Isso pode deixar os fãs do livro decepcionados, apesar de o filme ter mantido os momentos, a ambientação e algumas frases. Mas a adaptação acaba se tornando uma aventura infanto-juvenil, como já estamos acostumados, e apenas pega ideias das obras literárias. Pelo menos, os efeitos especiais, e a ambientação do Mundo Médio são bons, porém, a outra falha é justamente por causa da história se passar pouco tempo nesse lugar.



Os três personagens principais dos livros estão na adaptação: o pistoleiro Roland Deschain, o homem de preto Walter Padick, e o jovem garoto que tem os sonhos com o Mundo Médio, Jake Chambers. Aqui, o roteiro desenvolve bem os seus personagens. Idris Elba dá vida ao pistoleiro, que sai muito bem, já que as emoções do personagem são, basicamente, transmitidas pelo olhar, e o ator consegue passar nitidamente para o espectador. E é interessante como a produção conseguiu captar os movimentos do personagem, escrito nos livros, e mostra-los em ação. Mathew McConaughey interpreta o antagonista, o feiticeiro Walter Padick, chamado de “homem de preto”, que toma o controle das pessoas apenas ao falar, e ele consegue demonstrar toda a maldade do personagem, em uma atuação um pouco caricata. E por fim, o novato Tom Taylor faz o jovem Jake Chambers, que se torna o alvo do homem de preto por causa de sua enorme habilidade e poderes mentais (típico clichê de filmes infanto-juvenis), que faz um personagem apático e sem muita emoção.


A esperada batalha final entre o pistoleiro e o homem de preto não empolga tanto, mas é eficiente nos efeitos e ao mostrar as habilidades dos dois personagens durante a luta. No fim, a tão aguardada adaptação de A Torre Negra funciona mais como uma aventura infanto-juvenil do que a própria obra em si, onde havia muita coisa a ser explorada, mas parece que tudo foi feito às pressas, nas suas uma hora em meia de duração, sem se desenvolver adequadamente, deixando tudo sem muita criatividade. O final deixa aberto para uma continuação, mas se levar em conta a bilheteria e a opinião dos críticos, tão cedo não teremos uma sequência.





A TORRE NEGRA (THE DARK TOWER)


Ano: 2017

Direção: Nikolaj Arcel

Elenco: Idris Elba, Mathew McConaughey e Tom Taylor



NOTA: 7,0




Disponível na NETFLIX.











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