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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | A TEORIA DE TUDO



Vencedor de 01 Oscar: Melhor ATOR (Eddie Redmayne)

05 Indicações ao Oscar: Melhor FILME, ATOR (Eddie Remayne), ATRIZ (Felicity Jones), Roteiro Adaptado e Trilha Sonora.



Stephen Hawking é considerado um dos maiores cientistas da atualidade, com suas teorias sobre o universo e buracos negros. Você já deve ter ouvido falar dele, alguma notícia ou menção em algum programa de TV, e até algumas de suas teorias são usadas em filmes. Mas poucos conhecem a sua história e as dificuldades que enfrentou até chegar a esse título. O filme A Teoria de Tudo, é baseado no livro “My Life With Stephen”, escrito pela sua primeira esposa, Jane, e mostra exatamente isso. No elenco estão Eddie Redmayne, Felicity Jones e Charlie Cox.


A história começa mostrando Stephen (Eddie Redmayne) já no doutorado, com as suas teorias que um dia seriam referências. Em uma festa da faculdade, ele acaba conhecendo Jane (Felicity Jones), e apesar de serem totalmente diferentes, acabam se apaixonando. Mas logo, ele acaba descobrindo ser portador de uma grave doença, a do “Neurônio Motor”, aonde aos poucos ele vai perdendo os movimentos de todo o corpo, e mesmo sabendo das dificuldades, Jane continua do lado dele, e a história mostra toda a sua vida até se tornar o famoso cientista que ele é hoje.


A Teoria de Tudo tem tudo para ganhar a categoria principal no Oscar, mas o principal destaque são as atuações dos atores. Stephen e Jane são bem diferentes: ele é um cientista que não acredita em Deus, e ela é estudante de história da arte, e bem religiosa. Eddie Redmayne, que interpreta Stephen Hawking é o melhor do filme, e uma das melhores atuações na categoria de ator. Primeiro que ele é muito parecido com o próprio Stephen, e também pela sua competente atuação, nos fazendo pensar que realmente é o próprio cientista. O jeito e a simplicidade de Eddie ao interpretar o personagem são espetaculares, principalmente na fase mais agravante da doença; é impossível não se comover, se emocionar ou ter qualquer coisa com o personagem; Eddie ganhou o Globo de Ouro de ator em filme drama pela sua atuação.



Felicity Jones, que interpreta sua primeira esposa, Jane, também tem uma atuação excelente: a personagem escolheu deixar de ter uma vida mais calma para ficar com a pessoa que ela ama, mesmo sabendo da doença irreversível, e todos os problemas e sofrimento que Jane passa, Felicity consegue transmitir para o espectador perfeitamente. Charlie Cox, que interpreta Jonathan, também merece destaque. Ele acaba se tornando um grande amigo da família de Hawking, ajudando Jane nas limitações do marido, mas alguma coisa pode surgir entre essa amizade.


O enredo tem seus altos e baixos, mas valeu uma indicação em roteiro adaptado. Não demora muito para Stephen começar a apresentar sinais da doença, e o filme mostra que o foco é a doença dele e os problemas que vão aparecer durante sua vida. E um dos pontos fortes do filme é o humor que o personagem trata sua doença: em nenhum momento ele desiste realizar seus sonhos, e solta várias piadinhas entre momentos de drama. A história, além de comovente, é direta e prende o espectador, mostrando muito bem os detalhes da vida de Hawking; além de mostrar visões da história tanto dele quanto de Jane. O ponto fraco do roteiro, é que em certo momento, a narrativa se arrasta demais, se tornando um tédio momentâneo desnecessário.


Stephen e Jane têm visões diferentes, como ditas anteriormente, e o roteiro acerta também em não fazer um debate sobre isso, mostrando apenas alguns pontos de vista dos dois personagens. Outro destaque também é a triste e belíssima trilha sonora, e a brilhante fotografia, que usa tons mais suaves demonstrando que a história se passa em décadas passadas. Outras cenas em que a fotografia é bem utilizada são quando ele tem visões ao olhar para luzes brilhantes, onde consegue criar várias de suas teorias.


No fim, A Teoria de Tudo não é apenas um filme sobre a superação de um problema, mas sim, também, sobre uma emocionante história da vida de um renomado cientista. que teve uma vida difícil e que sempre lutou por aquilo que ele ama: a carreira e a sua família. E o diretor finaliza o filme com uma última cena espetacular que tocará o coração daqueles mais sensíveis. Apesar de ser um ótimo filme, esse não é o meu preferido para a estatueta de melhor filme do Oscar desse ano, mas torço para Eddie Redmayne ganhar o Oscar pela sua impressionante atuação nesse longa.






A TEORIA DE TUDO (THE THEORY OF EVERYTHING)


Ano: 2014

Direção: James Marsh

Elenco: Eddie Redmayne, Felicity Jones, Charlie Cox, David Thewils e Emily Watson



NOTA: 8,5













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