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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | A SUPREMACIA BOURNE



Os filmes de espionagem eram compostos, praticamente, por dois personagens icônicos do cinema, conhecidos pelo grande público: o agente britânico James Bond, da franquia 007, e o agente americano Ethan Hunt, de Missão Impossível (que aliás, mais um filme foi anunciado esse ano). Em 2002, estreou A Identidade Bourne, produção quer foi um sucesso de público e crítica, dando uma revigorada no gênero da espionagem, apresentando um outro agente, Jason Bourne, que havia perdido a memória e que buscava descobrir seu passado, e sua real identidade. Dois anos depois, foi lançado mais um capítulo da jornada de Bourne, A Supremacia Bourne, com uma trama mais elaborada e dinâmica, e que se tornou mais um sucesso da franquia do agente. O primeiro filme foi dirigido por Doug Liman, que agora, ficou apenas como produtor, deixando o posto para Paul Greengrass, trazendo o retorno de Matt Damon no papel principal, e ainda tem no elenco Franka Potente, Joan Allen, Brian Cox, Karl Urban e Julia Stiles.


Jason Bourne (Matt Damon) está vivendo uma vida simples em uma praia na Índia, junto com sua amada Marie (Franka Potente), mas eles são encontrados pelo matador Kirill (Karl Urban). Agora, Bourne precisa voltar à ativa e descobrir porque os agentes de sua antiga agencia o querem morto, onde acaba também descobrindo mais detalhes sobre seu passado.


A Identidade Bourne tinha uma trama mais contida, onde Jason Bourne fugia da sua antiga agência, quase que um “road movie” de espionagem. Em A Supremacia Bourne, a trama muda de ares, ficando mais ágil e dinâmica: Jason Bourne ainda continua sendo perseguido pelos agentes, mas ele decide se vingar, indo atrás deles e desafiando-os, tudo para provar a sua inocência em um recente ataque. Com pouco menos tempo de duração do que o primeiro, a produção não perde tempo, tem um ritmo frenético que empolga o espectador, principalmente quando Bourne provoca os agentes. Paul Greengrass faz um filme mais visceral, sombrio e realista que o anterior, e ele sabe muito bem o que está fazendo: utilizando os cenários menos desconhecidos das locações para as sequencias de ação, metro de Berlin, ruas de Moscou (com uma outra perseguição de carros eletrizante), e nas ruas da índia, o diretor usa ao seu favor as câmeras nas ótimas cenas de luta e perseguição, permitindo uma interação do espectador com o filme.



Matt Damon retorna no papel do agente Jason Bourne, em outra excelente atuação, trazendo mais personalidade ao personagem, deixando-o real e humano, e agora, está mais determinado a se vingar daqueles que interferiram na sua vida. Outro destaque é Joan Allen, que interpreta Pamela, a líder da missão, ávida em perseguir Bourne, mas sempre com um pé atrás, achando que há segredos envolvendo o ataque que incriminou ele. E ainda tem o assassino Kirill (Karl Urban), que aparece pouco e quase não fala nada, mas se mostra ameaçador e incansável na tentativa de matar Bourne. Brian Cox e Julia Stiles também retornam aos seus papéis em um papel menor, principalmente de Stiles, fato que mudaria no capítulo final da trilogia.


O roteiro de Tony Gilroy é muito bem escrito, com diálogos inteligentes e importantes, e também, muito bem construído, onde vamos descobrindo mais detalhes sobre o passado de Bourne, enquanto ele da inicio a sua vingança contra a sua antiga agência. A Supremacia Bourne se destacou por ser um filme de espionagem mais realista, indo na contramão dos filmes 007 e Missão Impossível, trazendo uma trama frenética, envolvente, com personagens interessantes, e ótimas sequências de ação. É quase que uma produção independente dos filmes de espionagem, e acaba se saindo bem melhor, fugindo da mesmice, e dos blockbusters do gênero. O próximo capítulo da jornada de Jason Bourne, terminaria com A Supremacia Bourne, lançada em 2007.



A SUPREMACIA BOURNE (THE BOURNE SUPREMACY)


Ano: 2004

Direção: Paul Greengrass

Elenco: Matt Damon, Franka Potente, Joan Allen, Brian Cox, Karl Urban e Julia Stiles.



NOTA: 9,0


Disponível na STAR +.















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