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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | A MORTE LHE CAI BEM



Qual o preço da beleza? Até onde você iria para ter um rosto bonito, um corpo belo, definido, e uma aparência mais jovem? Lançado em 1992, A Morte Lhe Cai Bem, dirigido por Robert Zemeckis (da trilogia De Volta Para o Futuro), aborda essas questões, onde acompanhamos Meryl Streep e Goldie Hawn indo “contra a mãe natureza”, e fazendo qualquer coisa para serem eternamente jovens. A trama, que ainda tem Bruce Willis e Isabella Rossellini no elenco, foca na desavença entre as duas amigas, Madeline (Meryl Streep) e Helen (Goldie Hawn): Madeline rouba o marido de Helen, e ela decide se vingar de sua ex-amiga. Anos se passam, e Madeline continua casada com Ernest (Willis), e além dos problemas do casamento, ela está ficando velha e não está nem um pouco feliz, e com isso, ela descobre que existe uma poção que deixa a pessoa com uma aparência mais jovem.


A Morte Lhe Cai Bem é um filme extremamente caricato, com uma trama bem “fora da casinha”, personagens exagerados e atuações espafatosas. Entre diálogos irônicos, sequencias hilárias, muito humor e alfinetadas, Robert Zemeckis faz uma crítica a sociedade quanto a busca obsessiva pela beleza e a juventude, a ânsia do ser humano em ser bonito, a vaidade em geral, criando uma história divertida, e muito louca. O auge da produção é o embate entre as personagens de Meryl Streep e Goldie Hawn, exagerado e absurdo (no bom sentido), impossível de não rir com as cômicas situações, e foi aí que Death Becomes Her, no original, acabou ganhando o Oscar de Melhor Efeitos Visuais. O ritmo mais lento pode atrapalhar um pouco quem está ansioso para o clássico embate entre as protagonistas, e todo o trecho final poderia ter sido diferente, ao invés do castelo barroco, na mansão do dr. Ernest; o cenário era ideal, com os típicos clichês da chuva e dos trovões, que dão um tom mais gótico para a produção.



A dinâmica entre Meryl Streep e Godlie Hawn é o que faz A Morte Lhe Cai Bem funcionar: amigas e inimigas desde o início, as duas são satíricas uma com a outra, e a constante rivalidade entre elas é divertido de acompanhar; toda a sequência do primeiro embate entre elas, com as pás e tudo mais, é extremamente ridículo, mas é o maior charme da produção. Streep brilha com a sua megera Madeline, uma famosa atriz de teatro, e Hawn está divertidíssima no papel da paranoica, e vingativa, Helen. Bruce Willis é o dr. Ernest, um cirurgião plástico histérico e bastante dramático, que fica dividido entre as duas, e se vêno meio desse embate entre as duas. E fechando o núcleo principal, ainda tem Isabella Rosselini, a misteriosa Lisle Von Rhoman, que inventou essa tal poção, e organiza uma festa mensal com todos os seus clientes.


A Morte Lhe Cai Bem começa como uma história de vingança, mas logo pega um outro rumo, se tornando uma divertida comédia com humor ácido (antes era chamado de humor negro) sobre beleza, obsessão, e querer ser jovem e bela para sempre. Lançado há exatos 30 anos, a produção de Robert Zemeckis continua atual, já que todos buscam a beleza na intenção de esconder os traços inevitáveis da velhice. Personagens caricatos, atuações histéricas, ótimos efeitos especiais, clichês clássicos, aquele toque mais gótico, e muito humor, fazem de Death Becomes Her um filme atemporal, estranho, e muito maluco, mas hilário, onde temos duas icônicas atrizes, Meryl Streep e Goldie Hawn, em um embate divertidíssimo.




A MORTE LHE CAI BEM (DEATH BECOMES HER)


Ano: 1992

Direção: Robert Zemeckis

Elenco: Meryl Streep, Goldie Hawn, Bruce Willis, Isabella Rosselini.



NOTA: 8,5



Não está disponível em nenhum serviço de streaming.













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