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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | A MORTE E VIDA DE CHARLIE


Imortalizado pelo seu personagem em High Scholl Musical, Zac Efron já demonstrou que vem tentando atuar em filmes que fujam do estereótipo juvenil, como 17 Outra Vez, ainda que esse pareça um. A mais nova tentativa é no “drama espiritual” meloso A Morte e Vida de Charlie, baseado no livro "The Death and Life of Charlie St. Claud”, escrito por Ben Sherwood. Estão no elenco Kim Basinger, Ray Liotta, Charlie Tahan e Amanda Crew.


Zac Efron é Charlie, um jovem de uma cidade do interior que é muito ligado ao seu irmão, Sam (Charlie Tahan). Em uma noite, eles sofrem acidente de carro, onde Sam acaba falecendo. Se sentindo culpado pela morte do irmão, Charlie começa a ver o espírito de Sam, se afastando de todos seus amigos e familiares, até que ele conhece Tess (Amanda Crew), e então, ele fica dividido entre seguir a vida com seu novo amor, ou ficar preso ao seu irmão morto.


Charlie St. Claud, no original, é um filme bem dramático, sensível e meloso, com uma história bonita e emocionante, mas que deve emocionar mais os fãs do ator do que o público em geral. O roteiro é bem clichê, previsível em alguns momentos, tendo como plano de fundo problemas familiares, onde a questão espiritual não é tão focada, ficando entre o seu irmão morto, ou sua nova paixão, o principal conflito da trama. Destaque para a fotografia, que usa mais planos abertos, mostrando a paixão de Charlie por velejar, a mesma que seu irmão, além de mostrar os aspectos mais simples de uma cidade, fugindo das grandes metrópoles, que dá um charme maior para o filme.



Zac Efron está bem no seu papel, que não foge muito dos personagens adolescentes de seus outros filmes, e seria melhor vê-lo em um filme mais maduro, para acompanhar melhor a evolução do ator. Mas ele tem uma consistente atuação, traz bastante naturalidade para o Charlie, e consegue, de certa forma, passar para o público o seu dilema, com bastante sentimentos em vários momentos. Sua interação com Charlie Tahan, que interpreta seu irmão, é boa, e traz momentos bem emocionantes para a produção, envolvendo treinos de beisebol e velejar.


Tess é interpretada pela atriz Amanda Crew, e faz um par romântico bem adolescente com Charlie, sem muita química, mas ainda bonitinhos. E Kim Basinger que some do nada durante a trama, e a pouca participação de Ray Liotta, que serve para dar conselhos de adultos para o personagem de Efron, também da para destacar.


A Morte e Vida de Charlie é um bom drama, e traz momentos bem lindos e tristes, que pode emocionar qualquer um, mas que servirá mais para o público adolescente, e fãs do ator Zac Efron, que está bem no papel de Charlie, mas ainda não consegue fugir dos ares juvenis de High Scholl Musical. É uma história bonita e tocante, que não foca muito no espiritismo, na verdade não tem quase nada da doutrina, mas que tem uma boa lição para aqueles que não conseguem se desprender do passado. Vale a pena dar uma conferida no filme de Burr Steers, que já dirigiu Zac Efron em 17 Outra Vez, e se preferir, leve uns lenços.


Originalmente publicado em 2010. Editado em 2020.







A MORTE E VIDA DE CHARLIE (CHARLIE ST. CLOUD)



Ano: 2010

Direção: Burr Steers

Elenco: Kim Basinger, Ray Liotta, Charlie Tahan e Amanda Crew.



NOTA: 7,0











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