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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | A FORÇA DA NATUREZA



Uma história de suspense e ação, um “roubo” de obras de arte, o retorno de Mel Gibson em filmes do gênero, tiroteio e perseguição, tudo isso no meio de um forte furacão que está atingindo uma cidade. Algo parecido estrou em 2018, No Olho do Furacão, dirigido por Rob Cohen, sobre um assalto a um banco que, por sinal, acontece também no meio de uma catástrofe climática. Agora, o filme da vez é A Força da Natureza, título bem duvidoso, que estreou nos cinemas em 2020, e que foi lançado no Brasil pela Netflix. A produção, bem ruim por sinal, é estrelada por Emille Hirsch, Stephanie Cayo, Kate Bosworth, David Zayas, e o astro Mel Gibson.


Na absurda história, um grupo de bandidos decide roubar obras de arte que estão em um condomínio na cidade de Porto Rico, que está prestes a ser atingida por um furacão. Os policiais Cardillo (Emile Hirsch) e Penã (Stephanie Cayo) vão atender uma ocorrência no mesmo prédio, e acabam encurralados, juntos com outros moradores, no assalto dos bandidos.


Confuso e sem sentido, A Força da Natureza, dirigido por Michael Polish, é um filme que frustra o espectador com sua história e seus personagens. A ação toda acontece dentro de um condomínio, o que já deixa tudo mais limitado. O fato de ter um furacão atingindo a cidade é a mesma coisa que nada, não tem destruição nenhuma, apenas uma forte chuva e alguns alagamentos. Há um certo suspense durante a perseguição, mas nada de emocionante ou interessante, pelo contrário, são cenas picotadas entre um drama e outro sobre a história dos personagens, que não convence.



Na trama, temos dois policiais, uma médica, um idoso descendente de alemães, e sim, tem família nazista, um homem com um “animal” de estimação que precisa de 45 kg de carne para alimentá-lo, e Mel Gibson. Polish não desenvolve bem seus personagens, e acabam se tornando muito superficiais. O único que é mais explorado é o de Emile Hirsch, que interpreta o policial Cardillo, que tem um trauma no passado, e o roteiro ainda força um romance dele com a médica interpretada por Kate Bosworth. O maior chamariz de A Força da Natureza é Mel Gibson, que “retornaria” aos filmes de ação, mas nem a presença do astro salva a produção, e sua participação se torna frustrante e sem sentido.


Há duas cenas que podem até surpreender o espectador, e tem um segredo não tão interessante na trama, mas não tem nenhuma reviravolta ou surpresa. Nem todo o mistério envolvendo o tal animal de estimação é bom, e muito menos se desenvolve. E de repente, toda a ação termina do nada, não fazendo nenhum sentido na trama, cortando para a última cena, parecendo um filme de comédia policial, o que também não faz sentido algum, se comparar com toda a trama. Ao término da sessão, fica a pergunta: qual a intenção do filme? A Força da Natureza é um filme esquecível e que, na pior das hipóteses, só vale a pena assistir por causa do astro Mel Gibson, que estava sumido de Hollywood.





A FORÇA DA NATUREZA (FORCE OF NATURE)


Ano: 2020

Direção: Michael Polish

Elenco: Emille Hirsch, Stephanie Cayo, Kate Bosworth, David Zayas e Mel Gibson



NOTA: 4,0




Disponível na NETFLIX











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