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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | A FORCA

Atualizado: 23 de nov. de 2021



Impulsionado pelo enorme sucesso de A Bruxa de Blair, lançado a mais de quinze anos atrás, o subgênero "found footage" ganhou força em Hollywood nos últimos anos, principalmente no gênero terror. A Bruxa de Blair teve uma enorme propaganda afirmando que as filmagens eram reais e que tudo realmente aconteceu, e muita gente acreditou, mas que anos mais tarde foi confirmado que tudo não se passava de marketing para promover o filme, e deu certo: custou apenas U$ 60 mil e faturou mundialmente U$ 248 milhões.


O mais recente filme desse subgênero, A Forca tem uma história muito parecida: você já ouviu falar do jogo "Charlie Charlie", onde as pessoas giravam dois lápis em um papel escrito "sim ou não", e chamavam o nome de Charlie? Até o lançamento do filme ninguém suspeitava que se tratava de uma jogada de marketing da Warner para promover A Forca. O filme não teve a mesma sorte de A Bruxa de Blair nas bilheterias, mas chamou a atenção de todos. Para dar mais veracidade aos eventos, os atores usaram os próprios nomes nos seus personagens: Reese Mishler, Pfeifer Brown, Ryan Shoos e Cassidy Gifford.


Em 1993, uma escola de ensino médio nos EUA passou por um grave acidente: durante a apresentação de uma peça teatral chamada "A Forca", o garoto Charlie, acidentalmente, se enforcou e morreu na frente de todos, e em 2015, a escola pretende reencenar a peça pela primeira vez após o acidente. Três alunos da escola, sendo um deles, Reese, membro da peça, decidem ir ao teatro da escola para destruir o cenário, e juntos com uma outra garota, eles acabam ficando presos no lugar e são ameaçados por uma força sobrenatural que os persegue.



Mesmo não sendo "aquela maravilha", A Forca consegue ser melhor do que vários filmes de terror lançados ultimamente. A história é simples e bem contada, fugindo dos clichês de casas assombradas e florestas: aqui, a história se passa em uma escola, principalmente no salão de teatro com os seus escuros corredores. Aliás, o cenário assusta bastante e aumenta o clima de tensão, com vários sustos garantidos e cenas que impressionam, quando aparece a tal força sobrenatural. Apesar do início ser um pouco chato, o roteiro é bem interessante, prende a nossa atenção com os acontecimentos e nas reviravoltas, indo rapidamente ao que interessa: o suspense. É legal ver que os diretores mostraram bastante a vida dos personagens na escola, desavenças e romances, fazendo o espectador criar um vínculo com a história e com os personagens. E mesmo com alguns exageros, os atores novatos se saem bem e conseguem dar veracidade nos seus desesperos.


Existe um momento que pode estragar totalmente um filme no estilo “found footage”: o final. Apesar de ser um pouco previsível, A Forca surpreende nesse quesito, não chegando a impressionar, mas também não decepciona, assusta, e é uma ótima adição ao subgênero, e se mostra bem melhor do que outros filmes que tem estreado ultimamente. Um dos pontos mais fortes do filme é o vilão, que usa um capuz, anda com uma corda para enforcar suas vítimas e aparece como imagens borradas, assustando bastante, e é uma ótima fantasia para o próximo Halloween. Pelo menos, o filme acaba sem deixar nenhuma intenção para que tenha uma continuação.




A FORCA (THE GALLOWS)


Ano: 2015

Direção: Travis Cluff, Chris Lofing

Elenco: Reese Mishler, Pfeifer Brown, Ryan Shoos e Cassidy Gifford.



NOTA: 8,0




Disponível na HBO MAX.











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