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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | A FILHA PERDIDA

Atualizado: 18 de fev. de 2022




03 Indicações ao Oscar: MELHOR ATRIZ (Olivia Colman), ATRIZ COADJUVANTE (Jessie Buckley) e ROTEIRO ADAPTADO



A Filha Perdida, que estreou recentemente na Netflix, e que é uma grande aposta para o Oscar, é um forte e poderoso drama sobre a pressão da maternidade, da natureza da mulher, e suas dificuldades, tudo dentro de uma trama comovente e com muita tensão. A atriz Maggie Gyllenhaal, de Batman – O Cavaleiro das Trevas e A Professora do Jardim de Infância, faz sua estreia na direção, escrevendo também o roteiro, que é baseado na obra de Elena Ferrante. No elenco estão Olivia Colman, Dakota Johnson, Jessie Buckley, Peter Sarsgaard e Ed Harris.


Leda Caruso (Olivia Colman), uma mulher na meia idade, está de férias na Grécia, e acaba se envolvendo nos dramas de uma estranha família, principalmente de Nina (Dakota Johnson), e começa a refletir sobre suas escolhas quando jovem.


Com seu filme de estreia, Maggie Gyllenhaal nos traz uma trama confusa e arrastada, e que, provavelmente, não irá agradar o grande público, mas não é um filme ruim. A Filha Perdida se sustenta nas excelentes atuações das personagens, abordando temas importante sobre o universo feminino, principalmente sobre as dificuldades de ser mãe, algo que muitas mulheres são se sentem preparadas. Acompanhamos a trajetória de Leda (Olivia Colman), atualmente, e nos tempos que ela era mais nova (Jessie Buckley), através de flashbacks, da conturbada relação com suas filhas pequenas. Tudo que é apresentado, tem um motivo, um significado, que vai construindo a personalidade das personagens. Há também, uma certa sensação de perigo, já que Leda se sente, às vezes, ameaçada pela família de Nina. Não são momentos de muita tensão, mas ajudam a dar um ânimo para a trama, que tem momentos entediantes.



O grande destaque de A Filha Perdida é a poderosa atuação de Olivia Colman, fazendo uma Leda inconstante, e emblemática, transbordando emoção para o espectador, tanto nos momentos de alegria, quanto nos de tristeza, quando ela se lembra do seu passado. A atriz foi indicada ao Globo de Ouro por sua atuação. Através de flashbacks, conhecemos Leda mais nova, importante para moldar a personagem nos dias de hoje, e as suas motivações, interpretada pela novata Jessie Buclkey, que faz uma personagem mais sentimental, imatura e impulsiva, mostrando os problemas da maternidade que uma mãe mais jovem, e despreparada, passa. E fechando a trinca, temos Dakota Johnson, que interpreta a jovem mãe Nina, na qual a Leda fica meio que obcecada da forma como ela age com sua filha. A personagem de Olivia Colman se vê em Nina, já que ela também não se sentia preparada para ser mãe, e sua química com Dakota Johnson é incrível, como se fossem mãe e filha.


Maggie Gyllenhaal acertou em cheio na sua primeira experiência como diretora, e roteirista, captando toda a essência da obra de Elena Ferrante, criando personagens marcantes, e moldando uma trama sincera que fala sobre as dificuldades de ser mãe, deixando um final em aberto para interpretações. O problema maior é na trama arrastada, e os seus momentos confusos e entediantes, mas ainda é um poderoso e emocionante drama sobre mulheres que chegam aos seus limites. A indicação ao Oscar é certa.




A FILHA PERDIDA (THE LOST DAUGHTER)


Ano: 2021

Direção: Maggie Gyllenhaal

Elenco: Olivia Colman, Dakota Johnson, Jessie Buckley, Peter Sarsgaard e Ed Harris.



NOTA: 7,5



Disponível na NETFLIX.














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