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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | A CURA

Atualizado: 3 de nov. de 2021



Desde o lançamento de O Chamado, em 2000, o diretor Gore Verbinski não fez nenhum filme do gênero, mas entregou bons filmes, como Piratas do Caribe, e a animação Rango. A nova empreitada de Verbinski, A Cura (A Cure For Wealness, 2017), vai lembrar muito da atmosfera de O Chamado: um suspense psicológico estiloso, cheio de mistérios, com muitas referências. É um daqueles filmes que o espectador vai gostar, ou odiar. No elenco estão Dane DeHann, Jason Isaccs, Mia Goth e Celia Imre.


Dane DeHann interpreta Lockhart, um executivo que é enviado para uma clínica de tratamento nos alpes da suíça, para buscar o CEO de sua empresa. Durante a visita, ele acaba sofrendo um acidente de carro, sendo obrigado a ficar de repouso no lugar até melhorar. Lockhart começa a suspeitar das reais intenções do lugar, e inicia uma investigação que pode colocar a sua vida em risco.


Gore Verbinski nos apresenta um filme repleto de mistérios, com histórias que envolvem o passado do instituto, uma espécie de SPA que gente rica procura para relaxar; aqui, no caso, o local promete uma cura para os problemas do dia a dia das pessoas. Com a aparência de um castelo medieval, isolado entre as belíssimas montanhas da Suíça, o filme cria uma atmosfera assustadora de perigo, como se você entrasse e nunca mais saísse. A fotografia de A Cura é ótima, principalmente na parte interna do instituto, que mistura ambientes claros e escuros, o atual e o antigo; assim como tudo parece que está bem, mas na verdade não está. O mistério envolvendo o lugar, e a tal cura, deixa o espectador preso na história, apresentando pistas para desvendar a história, com cenas que prometem deixar o espectador aflito, se você tem certas fobias.



A Cura tem várias referências a outros filmes, além de sua história ser parecida com Ilha do Medo, de Martin Scorcese: o personagem vai até um instituto e se envolve com os mistérios do lugar. O diretor bebeu da fonte de filmes como Drácula, Frankstein, Laranja Mecânica, do próprio Ilha do Medo, no quesito de ambientação e do “médico louco”; além de filme com pegada mais “gore”, à medida que o mistério vai se desenrolando. A Cura tem uma reviravolta, uma solução bem interessante para o mistério, mas que demora demais para se resolver: são praticamente duas horas de mistério e suspense, das suas 2h30 de duração. Isso pode deixar o espectador mais exigente cansado e achar que é enrolação. De fato, não é, mas poderia ter uma duração menor.


O filme não tem atuações memoráveis, por que não é um filme sobre isso. Todos os personagens são peça chave para os mistérios, deixando o instituto com mais aparência assustadora do que já é. Temos o médico com intenções duvidosas (Jason Isaccs), a garota indefesa que é “importante” (Mia Goth), o visitante que acaba virando paciente (Dane DeHann), além dos pacientes amistosos, e os enfermeiro, que são estranhos e dão mais medo. Aqui, os personagens ajudam a deixar o lugar mais claustrofóbico, com sensação que nada está bem, e que não há como fugir.


A Cura não é um filme de sustos, e sim um suspense psicológico cheio de mistérios envolventes, com uma fotografia assustadora e uma revelação estranha, mas interessante. E é o resultado final que dividirá o espectador: vai gostar ou odiar. Particularmente, eu achei bem positivo o desfecho, sendo o maior problema mesmo a duração, que deixa o novo longa de Gore Verbinski um pouco arrastado em certas partes. Não é um retorno grandioso do diretor, mas é uma produção de alto nível.





A CURA (A CURE FOR WELLNESS)


Ano: 2017

Direção: Gore Verbinski

Elenco: Dane DeHann, Jason Isaccs, Mia Goth e Celia Imre



NOTA: 8,5




Disponível na NETFLIX.












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