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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | 007: CONTRA SPECTRE


A era Daniel Craig como o agente secreto mais famoso do mundo, iniciou em 2006, com Cassino Royale, que tinha como vilão o apostador LeChifre, além do misterioso Mr. White, filme que firmou o ator como um dos melhores James Bond, e um dos melhores inícios de era do agente. A história continuou com Quantum Of Solace, que não foi bem recebido pelos críticos e público, trazendo o empresário Dominic Greene como o vilão da vez. Quatro anos depois, Bond retornaria com o seu mais aclamado filme, Skyfall, e o primeiro filme oscarizado da era de Craig, que trazia como vilão, o terrorista cibernético Raoul Silva, personagem que não existe no universo de Iam Fleeming. Agora, esse ciclo de vilões se fecha com Spcetre, dirigido por Sam Mendes, que conecta todos os filmes anteriores dessa nova era, trazendo o vilão numero 1 de toda a série. Daniel Craig retorna com o agente britânico, e no elenco ainda estão Ralph Fiennes, Léa Seydoux, Christoph Waltz, Ben Whishaw, Naomi Harris e Dave Bautista.


James Bond está de “férias” na Cidade do México, e decide ir atrás do criminoso Marco Sciarra, que acaba morrendo. Ao mesmo tempo que o serviço secreto britânico vê o fim dos agentes 00, Bond investiga uma organização internacional chamada Spectre, descobrindo segredos que envolvem sua vida desde a infância.


O sucesso de Skyfall, em 2012, foi devido a maneira simplista que a história seguiu, uma jornada pessoal do agente Bond para deter um ex-agente da MI6, que não tinha nenhuma pretensão de dominar o mundo, e sim, uma vingança pessoal, mantendo o clássico estilo James Bond de antigamente. Agora, em Spectre, a história segue a linha dos recentes filmes, com mais ação, lutas, clichês, e pretensões maiores do vilão. O enredo e o desenvolvimento são mais interessantes, ainda que o filme perca o ritmo entre as inúmeras viagens do agente, mas não seria um filme de Bond se não fosse assim. A incrível cena de abertura durante o evento do dia dos mortos no México, é o ponta pé inicial para as inúmeras cenas de ação, algumas bem exageradas, mas como disse antes, não seria um filme de Bond. Para os fãs da série, assim como aconteceu em Skyfall, Spectre tem várias referências ao clássicos filmes do espião, em todos os aspectos.



Estava sentindo falta de uma Bond Girl no melhor estilo da série? A atriz francesa Léa Seydoux da vida a nova parceira de James Bond, uma personagem forte com um passado bem interessante, lembrando muito as personagens da era de Pierce Brosnan. O veterano Cristoph Waltz da vida ao vilão da vez, Franz Oberhauser, mais contido e misterioso que Da Silva, onde a sua apresentação, novamente, demora, apesar da rápida aparição em uma das cenas mais interessantes. Mais uma vez, Daniel Craig mostra que foi uma das melhores escolhas para viver o agente, e aqui, descobrimos mais sobre o passado do agente britânico, ainda deixando algumas questões em aberto. M (Ralph Fiennes), Moneypenny (Naomi Harris) e Q (Ben Wishaw) retornam para ajudar Bond na sua investigação, e por fim, destaque para Dave Bautista, que faz o capanga de Oberhauser, Mr. Hinxs, lembrando muito outros assassinos dos clássicos filmes.


A trama de Spectre pega algumas pontas soltas dos três filmes anteriores, junta os elementos principais, com menções a traumas do passado, nos entregando algumas revelações, principalmente entre James Bond e Franz Oberhauser, fato que torna a história bem mais interessante. Junto com as ótimas cenas de ação, no melhor estilo Bond, Spectre fecha, por enquanto, o arco Daniel Craig da melhor forma, ainda que esse não seja o último filme do ator, inserindo vários elementos dos filmes antigos.





007: CONTRA SPECTRE (SPECTRE)


Ano: 2015

Direção: Sam Mendes

Elenco: Daniel Craig, Ralph Fiennes, Léa Seydoux, Christoph Waltz, Ben Whishaw, Naomi Harris e Dave Bautista



NOTA: 9,0














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